Agora o Brasil quer afundar o porta-aviões São Paulo
EDICIÓN
| INFODRON | INFOESPACIAL | MUNDOMILITAR | TV
Brasil (Portugués) >

Agora o Brasil quer afundar o porta-aviões São Paulo

A decisão, tomada dentro do governo brasileiro, gerou atrito entre o Ministério da Defesa e o Ministério do Meio Ambiente
Sao paulo pa
NAe São Paulo. Foto: Marina de Brasil
|

A Marinha do Brasil planeja afundar o antigo porta-aviões São Paulo usando uma técnica conhecida como "afundamento controlado", que consiste em colocar e detonar explosivos para abrir rachaduras no casco da sucata flutuante.

Nos bastidores, fala-se que esta é uma decisão consensual entre o Governo Federal e a Marinha do Brasil, apesar dos protestos da Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

O afundamento do casco o mais rápido possível foi considerado uma alternativa viável em vista do grau avançado de degradação do navio de 266 metros de comprimento, fato verificado durante uma inspeção técnica realizada quando o que restava do navio navegava, a 20 milhas náuticas do porto de Suape, em Pernambuco.

A inspeção técnica, realizada coincidentemente em uma sexta-feira 13, detectou um novo rasgo no navio, um nível mais alto de inundação e corrosão em comparação com a inspeção realizada quatro meses antes.

A verdade é que não há muitas opções para se desfazer do porta-aviões, abandonado pela empresa responsável (segundo a Marinha do Brasil), e o afundamento é a única alternativa para pôr fim a uma controvérsia de proporções internacionais que dura desde agosto de 2022.

NAe sao Paulo sucata1

Foto tomada a finales de 2022 por Edson De Lima Lucas

O afundamento proposto fez com que as discussões sobre o porta-aviões atingissem os níveis mais altos do governo brasileiro. O principal problema é a presença de amianto, um produto considerado tóxico. O inventário realizado antes da partida do navio, em 2022, constatou o material a bordo.

Diz-se que a Ministra do Meio Ambiente abordou formalmente o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, para expressar sua preocupação.

O governo brasileiro está com pressa para tomar uma decisão porque, de acordo com relatórios de militares envolvidos na operação, há uma mudança no alinhamento do casco em relação à linha d'água, o que compromete sua flutuabilidade e aumenta o risco de colapso estrutural em até quatro semanas.

Segundo dados coletados por peritos forenses e vazados para a imprensa brasileira, 2.787 litros de água entraram de agosto de 2022 até hoje (o limite para uma navegação segura seria de 3.500 litros).

Em outubro de 2022, dez compartimentos teriam algum grau de inundação. Em janeiro, depois que a Marinha assumiu a operação, 23 compartimentos foram identificados como comprometidos pela água do mar, tornando impossível o retorno do casco a um estado seguro para navegação e acesso à terra.

O NAe São Paulo vai afundar.

NAe sao Paulo sucata

Foto tomada a finales de 2022 por Edson De Lima Lucas



Los comentarios deberán atenerse a las normas de participación. Su incumplimiento podrá ser motivo de expulsión.

Recomendamos


Lo más visto