Brasil desativa submarino Timbira e o coloca a venda
EDICIÓN
| INFODRON | INFOESPACIAL | MUNDOMILITAR | TV
Brasil (Portugués) >

Brasil desativa submarino Timbira e o coloca a venda

O navio, de desenho alemão e incorporado em 1996, tem despertado o interesse de países vizinhos como Peru e Argentina
Submarino timbira 22022023115627981
O S-32 Timbira operando em águas internacionais. Foto: Marinha do Brasil
|

A Marinha do Brasil comunicou oficialmente na última quarta-feira (22), que o submarino Timbira, após 27 anos de serviço ativo, será descarregado, alienado e colocado a venda. 

Como um submarino diesel elétrico da classe Tupi, foi construído no Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro (AMRJ) baseado na classe IKL-209/1400 de procedência alemã.

52036362464 6db8b8c057 h (1)

O S-32 Timbira no dia de sua entrega a Esquadra. Foto: Marinha do Brasil

Os quatro submarinos classe IKL-209/1400 da Marinha do Brasil receberam nomes de tribos indígenas, ou seja Tupi, Timbira, Tamoio e Tapajós.

O Submarino Timbira (S 32), foi o terceiro navio e o segundo submarino a ostentar esse nome na Marinha do Brasil, em homenagem ao guerreiro Timbira, da nação indígena do Maranhão. 

Sua quilha foi batida em 15 de setembro de 1987 e foi lançado ao mar em 5 de janeiro de 1996, tendo como madrinha a Primeira Dama Sra. Ruth Leite Correa Cardoso

Em 16 de dezembro de 1996, foi submetido a Mostra de Armamento e aceito para o serviço junto a Força de Submarinos da Esquadra.

52672737564 f421c918da h

Vista aérea do S-32 Timbira navegando na superfície. Foto: Marinha do Brasil

Tikuna, o mais recente dentre os submarinos de projeto alemão, deverá permanecer em serviço por mais alguns anos pois trata-se de uma versão modificada, da classe IKL-209/1400, tendo sido incorporado a Força de Submarinos em 2006, portanto, não completou 20 anos de serviços.

Esse submarino único incorporou diversas inovações tecnológicas, resultando em menor ruído e maior período de operação submerso, particularmente durante as operações de recarga de baterias com o auxílio do snorckel.

Baixa do timbira

O fim da "Era Alemã" na Força de Submarinos

A retirada dos IKL-209 do serviço ativo foi determinada no ano de 2019, de forma a direcionar os recursos financeiros e de pessoal para os quatro novos submarinos diesel elétricos classe Riachuelo (Scorpenne BR), sendo que um já foi entregue a Força de Submarinos, e o segundo está realizando seus testes hat/sat (harbor acceptance tests/sea acceptance tests) e deverá entrar em serviço ainda em 2023. 

O ciclo de entregas deverá ser completado em 2026.

Para construir os modernos submarinos Scorpenne BR em Itaguaí, a Marinha do Brasil e o conglomerado francês Naval Group construíram o Estaleiro e Base Naval de Itaguaí (EBN), onde opera a Itaguaí Construções Navais (ICN). 

Riachuelo Foto Marina Brasil

O Riachuelo e sua orgulhosa tripulação, no dia de sua entrega a Esquadra. Foto: Roberto Caiafa

Além de possuir máquinas únicas como a maior prensa hidráulica da América Latina, com capacidade 80.000 kN de força de prensagem e conformação a frio de chapas de aço com 5 polegadas de espessura, a ICN também está capacitada para construir outros tipos de navios e embarcações de emprego naval militar, algo que vai muito além do acordo firmado com o Consórcio HDW (Howaldtswerke-Deutsche Werft GmbH) na década de 70 do século passado.

Quando os quatro classe Tupi foram declarados na reserva, alguns países interessados em adquirí-los foram identificados. 

Na América do Sul, Peru e Argentina, tradicionais operadores de submarinos alemães IKL, chegaram a enviar comitivas de militares e técnicos para avaliar os submarinos e demais sistemas, um entendimento que a Pandemia do Covid-19 interrompeu.

52625310295 a69df0f1b9 h

O S-32 Timbira durante um PMG. Foto: Marinha do Brasil

Os argentinos até podem ser considerados favoritos, já que a Armada Argentina perdeu essa capacidade com o acidente do ARA San Juan em 2017 e não possui na atualidade submarinos em operação. O ARA Santa Cruz (S-41) encontra-se docado com obras paralisadas há alguns anos, e o ARA Salta (S-31) também encontra-se sem condições de navegar. 

O Peru, por outro lado, modernizou recentemente seus IKL de tipos mais antigos, e a atual situação política no País Andino torna pouco provável uma aquisição desse tipo de material no momento.

Até países europeus ou asiáticos podem demonstrar eventual interesse nesses submarinos, caso da Polônia (cotada como interessada antes da Pandemia) ou Coréia do Sul (reconstrução/revenda).

Submarino timbira 22022023115626682

Submarinos Classe Tupi da Marinha do Brasil estão a venda. Foto: Marinha do Brasil



Los comentarios deberán atenerse a las normas de participación. Su incumplimiento podrá ser motivo de expulsión.

Recomendamos


Lo más visto