Na noite da última segunda-feira (21/08) ocorreu o embarque, a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos (SP), de 470 paraquedistas do 27º Batalhão de Infantaria Pára-quedista, a denominada Força-Tarefa VELAME, armados, equipados e prontos para o combate.
Com apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), os militares seguiram para lançamento pelas aeronaves Embraer KC-390 Millennium, Airbus Military C-105 e Embraer C-95 Bandeirante na zona de lançamento localizada em um aeroporto particular em Itirapina, ao lado da cidade de São Carlos, objetivo estratégico a ser conquistado.
O uso do Aeroporto de Viracopos como ponto de concentração das tropas paraquedistas foi inédito e um excelente teste estratégico. Foto: Exército Brasileiro
Para esse lançamento, pilotos dos Millennium, Amazonas e Bandeirantes fizeram uso massivo de óculos de visão noturna e sistemas de navegação avançados, quando disponíveis.
Infiltração aérea
As tropas paraquedistas lançadas na noite de segunda feira contaram com a infiltração prévia dos Precursores Paraquedistas, operadores de forças especiais que realizam a infiltração aérea, diurna e noturna, em território hostil, por salto semi-automático ou salto livre operacional, a fim de operar a Zona de Lançamento, em prol da força paraquedista principal, e realizar ações de inteligência, reconhecimento, vigilância e aquisição de alvos.
O Embraer KC-390 Millennium fornece a mobilidade estratégica das Forças de Pronta Resposta do Brasil. Foto: Exército Brasileiro
Uma operação aeroterrestre, segundo o Manual de Batalhões de Infantaria C 7-20 do Exército Brasileiro, se desenvolve em quatro fases: montagem, movimento aéreo, assalto e operações subsequentes.
Durante o estudo de situação, o comandante e seu estado-maior consideram o estudo do terreno e das condições meteorológicas durante o período previsto para o cumprimento da missão; possibilidades do inimigo quanto ao emprego de blindados e as características do terreno para defender-se desses blindados; possibilidade do inimigo quanto ao emprego de aeronaves; efetivo, quantidade e tipo de material e suprimentos com que contará na área de operações; localização e características das ZL e/ou zona de aterragem de sua unidade; data/hora sequência e método da aterragem do pessoal, material e suprimentos e os meios aéreos disponíveis para o batalhão.
As forças terrestres são fornecidas pelo Exército e os meios aéreos, pela Força Aérea.
O salto noturno exige muito profissionalismo das tropas envolvidas. Foto: Exército Brasileiro
As forças terrestres, especialmente treinadas e equipadas para a execução de uma operação aeroterrestre, atingem a área do objetivo lançadas em paraquedas, aerotransportadas ou de forma mista, de dia ou especialmente a noite.
Força Aérea
A Força Aérea também é responsável por transportar o escalão de acompanhamento da Brigada de Infantaria Paraquedista.
Equipamentos preciosos comos motos exploradoras e os veículos blindados sobre rodas da Cavalaria Paraquedista, do tipo IDV Guarani 6x6, também são transportados e entregues em uma pista próxima do ponto de concentração de forças pelos Embraer KC-390 Millennium, aumentando o poder de fogo e capacidade anti-carro das forças paraquedistas no terreno, já que esses 6x6 carregam equipes treinadas para guarnecer posiçõe no perímetro defensivo e lançar mísseis anticarro do tipo SIATT MSS 1.2 AC de guiamento bean rider (laser) e futuramente, Rafael Spike LR (guiamento inteligente) contra ameaças blindadas ou ataques mecanizados inimigos.
O IDV Guarani 6x6 dentro do Embraer KC-390: avião brasileiro transporta blindado brasileiro. Foto: Exército Brasileiro