Policia Federal do Brasil destrói 302 balsas de garimpo ilegal na Amazônia
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Policia Federal do Brasil destrói 302 balsas de garimpo ilegal na Amazônia

Atividades ilegais de mineração na região causam imensos danos ambientais
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Balsa ilegal de garimpo incendiada pela Polícia Federal: 1.500 km de crimes ao longo do Rio Madeira. Foto: DPF
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A Polícia Federal do Brasil encerrou neste sábado (2/9) a Operação Draga Zero, com a completa destruição de 302 balsas de garimpo que estavam atuando de forma ilegal no Rio Madeira, que recebe este nome por que no período de chuvas seu nível sobe e inunda grandes porções da planície florestal, trazendo troncos e restos de madeira da floresta, época em que são negociadas pelos madeireiros e transportadas às custas do rio.

Policiais federais, com o apoio do Ibama, percorreram 1500 km no Rio Madeira, passando pelos municípios amazonenses de Autazes, Nova Olinda do Norte, Borba, Novo Aripuanã e Manicoré, com o objetivo de combater os crimes de garimpo ilegal cometidos na localidade.

MadeirarivermapO Rio Madeira é um dos principais afluentes do Rio Amazonas e o 17ª maior do mundo em extensão. MAPA: DPF

A prática de atividades ilegais de mineração na região causa imensos prejuízos ambientais com a modificação do curso original dos rios, a destruição da vegetação ribeirinha e a interrupção de canais d'água, com a consequente morte da fauna e flora locais. 

A mineração ilegal é responsável ainda pela contaminação das águas e dos peixes, causando sérios prejuízos não só à natureza mas também à saúde da população, em virtude da contaminação do rio por mercúrio e cianeto. 

Para completar o quadro de absurdos cometidos pelos garimpeiros, eles também interferem na cultura de povos tradicionais, uma vez que áreas indígenas foram invadidas pelos criminosos, na região de Manicoré (AM).

Balsa2Uma das táticas dos garimpeiros ilegais é a auto-vitimização, com a narrativa de que sem o garimpo eles não conseguem se sustentar. Foto: DPF

GUERRA DAS BALSAS

A operação caracterizou-se pela abordagem direta usando embarcações ribeirinhas com equipes de demolição escoltadas por tropas federais fortemente armadas. Cargas explosivas foram usadas para destruir as balsas maiores com seus motores e outros equipamentos, e a menores foram consumidas pelo fogo ateado pelos agentes da PF e do IBAMA.

Em junho desse ano, em outra operação denominada Tuyu Vive, mais quatro balsas foram destruídas pela Policia Federal do Brasil na região de Santo Antônio do Içá.

Rio madeira destruido4O garimpo ilegal recebeu um duro golpe das Forças Federais brasileiras: 302 balsas destruídas em 15 dias. Foto: DPF

 Em abril desse ano, a Operação Águas de Prata, com o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, em garimpo conhecido como São Domingos, localizado no município de Pedra Branca do Amapari, no estado do Amapá, também destruiu mais balsas e equipamentos ilegais usados para mineração criminosa que envenena os rios da Amazônia com mercúrio e cianeto, além de provocarem a erosão dos mananciais e igarapés, destruindo a fauna e flora locais.

Em março de 2023, a Operação Tucandeira também realizou a identificação, abordagem e inutilização de balsas/dragas que operavam a atividade de garimpo ilegal de ouro no Vale do Javari, no Estado do Amazonas.

De fato, uma "Guerra das Balsas" vem sendo travada na Amazônia há alguns anos, com as operações conseguindo resultados as vezes modestos, mas que pepararam o terreno para a Operação Draga Zero, que alcançou o incrível número de 302 balsas e dragas destruídas e/ou inutilizadas em 15 dias de operações.

Rio madeira destruido3Até mesmo satélites de observação terrestre foram usados para identificar as balsas dos criminosos amazônicos. Foto: DPF

Esses garimpeiros ilegais cometem esses crimes a luz do dia com todo um ecossistema viciado que os acompanha, incluindo a prostituição de menores, tráfico de drogas, crimes ambientais de todo tipo, corrupção de agentes munipais e estaduais, dentre uma miríade de ilegalidades. 

Rio madeira destruido2As balsas, além de destruírem o curso natural dos rios, envenenam as águas com mercúrio e cianeto. Foto: DPF

As Forças Armadas do Brasil tem um papel fundamental nessas atividades, oferecendo a logística de combate com embarcações, helicópteros de transporte de tropas, drones de reconhecimento e vigilância capazes de enxergar através da cobertura vegetal densa, e efetuando a segurança armada das autoridades responsáveis por autuar e prender os garimpeiros criminosos. 

Os policiais federais contaram também com a ajuda de satélites de observação e vigilância para localizar com precisão os pontos com maior concentração de balsas ao longo do Rio Madeira.

Rio madeira destruidoCom efeito devastador sobre o rio, é assim que fica uma área assoriada pelos garimpeiros: morte e destruição da fauna e flora. Foto: DPF



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