Brasil desativa seus helicópteros de ataque Mi-35M
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Brasil desativa seus helicópteros de ataque Mi-35M

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O AH-2 Sabre em Campo Grande (Imagem: Roberto Caiafa)
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Segundo o Boletim do Comando da Aeronáutica publicado, os helicópteros de ataque de fabricação russa Mi-35M, designados AH-2 Sabre, e operados pelo 2º do 8º GAV, Esquadrão Poti, serão desativados da Força Aérea Brasileira (FAB) em 1° de Março de 2022. 

As aeronaves, atualmente sediadas na Base Aérea de Porto Velho (BAPV), no Estado de Rondônia, constituem um importante meio militar naquela fronteira amazônica. 

No entanto, acredita-se que não só os helicópteros deixarão de ser usados como o Esquadrão Poti (2º/8º GAV) deverá encerrar as suas atividades. 

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Alto custo operativo, linha logística onerosa e suporte falho do fabricante selaram o destino do AH-2 Sabre na Força Aérea Brasileira (Imagem: Roberto Caiafa)

A cerimônia de incorporação dos helicópteros Mi-35M na FAB ocorreu no dia 17 de abril de 2010, na Base Aérea de Porto Velho, e a conturbada história do tipo, adquirido em uma compra governo a governo que a Força Aérea não queria, durou apenas 12 anos.

Esse período de uso dos AH-2 Sabre no Brasil foi marcado por disputas com o fabricante, mais um demorado e complexo processo de catalogação MIL SPEC OTAN/NATO, a frequente indisponibilidade de aeronaves devido a falhas no suporte e o estabelecimento, na fase final de emprego, de uma linha de mantenimento para o tipo que envolvia voar o helicóptero de Porto Velho até Belo Horizonte, no Estado de Minas Gerais, há 3.041,7 km de distância, para receber manutenção na empresa IAS.

Todos esses problemas recorrentes, mais o fato da Força Aérea decidir concentrar recursos na tríade tecnológica F.39 Gripen, KC-390 e Echo-99 Modernizado, resultou na decisão, baseada em um estudo denominado DCA 400-100 "Desativação das Aeronaves AH-2 da Força Aérea Brasileira", de desativar esses helicópteros imediatamente.

Apesar dos rumores de uma possível interferência/pressão norte-americano, o fato é que a Força Aérea operou um helicóptero que ela não pediu por ele, empregando-o como vetor de interceptação aérea de baixa performance, em que pese ser armado com mísseis anticarro ATTAKA, foguetes de 57 mm e canhão geminado de 23mm, ou seja um helicótero de ataque típico de um Exército operando como interceptador em uma Força Aérea! 

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Quando uma empresa brasileira, a IAS, capacitou-se na manutenção do AH-2 Sabre, isso evitou o envio de células desse helicóptero para Rússia, onde seriam revisadas (Imagem: IAS)



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