Casco do ex-Porta aviões São Paulo está de volta ao Brasil
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Casco do ex-Porta aviões São Paulo está de volta ao Brasil

O navio, agora propriedade de um estaleiro turco, ia ser desmantelado na Turquia, mas o país asiático proibiu o São Paulo de entrar no seu território
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Foto: Roberto Caiafa
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O casco do NAe São Paulo, exportador e carro-chefe brasileiro de aeronaves, que a Marinha descomissionou em 2017 e vendeu por 1,9 milhão de dólares ao estaleiro turco Sok Denizcilikve Tic, retornou às águas territoriais brasileiras devido à impossibilidade de entrar no mar Mediterrâneo, com destino final a Turquia, para o seu desmantelamento.

O que até hoje é o maior navio já operado pelo Brasil partiu em 4 de agosto do Arsenal da Marinha no Rio de Janeiro rebocado pelo navio de bandeira holandesa Alp Center, mas ao chegar às águas marroquinas, por questões legais, foi proibido de entrar no mar Mediterrâneo para a última etapa de sua viagem.

A situação do porta-aviões se agravou quando, entre a saída do Rio e a parada forçada no Marrocos, a agência turca de preservação ambiental proibiu sua entrada no país, o que se somou à decisão do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis para devolver o navio ao Brasil.

Antes de embarcar na viagem, o navio gerou polêmica na Turquia pelo risco à saúde que representaria ou pelo medo de países vizinhos, como a Grécia, de que o ex-porta-aviões brasileiro acabasse sendo usado para fins militares pelos turcos governo.

Para a Marinha do Brasil, a venda do casco do antigo porta-aviões foi um grande alívio e agora o estaleiro turco, proprietário legal da embarcação, encontra-se em uma situação muito complicada. Ninguém sabe o que acontecerá com o antigo carro-chefe brasileiro.

O porta-aviões

O São Paulo foi adquirido da Marinha Nacional Francesa em 2000, quando levava o nome de Foch e tinha 43 anos, com quase quarenta anos de serviço ativo. O navio teve curta vida operacional na Marinha do Brasil, onde sofreu uma série de avarias e sofreu um grave acidente com perda de vidas.

Inicialmente, a Marinha planejava modernizar e renovar o porta-aviões, com o objetivo de manter sua capacidade de usar o caça baseado no porta-aviões A-4KU Skyhawk, do qual a Embraer modernizou seis unidades.

Assim como o São Paulo, o A-4KU chegou ao Brasil após mais de trinta anos de uso. Esses caças de ataque, sobreviventes da Força Aérea do Kuwait, lutaram na Primeira Guerra do Golfo, em 1991, quando já eram considerados obsoletos. Os problemas com o porta-aviões e as limitações do A-4KU foram decisivos para o Brasil rever suas prioridades e optar pelo desmantelamento definitivo do São Paulo.

Atualmente, o Brasil possui um navio de assalto anfíbio do tipo porta-aviões, o NAM Atlantic, que permite à Marinha manter sua capacidade de utilização de meios aéreos. O antigo HMS Ocean tinha 20 anos quando foi vendido ao Brasil pela Marinha Real Britânica, após passar por um extenso programa de modernização anos antes.



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