A AirMod, empresa brasileira instalada no Parque Tecnológico São José dos Campos (PqTec SJC), venceu concorrência internacional para projetar, desenvolver e executar a modificação de 25 aeronaves T-27 Tucano. Infodefensa.com entrevistou o CEO da companhia, Amaury Acatauassu, que asegurou que "Airmod e prime contractor totalmente autônoma para conduzir e realizar todas as atividades requeridas e/ou especificadas". O gerente da empresa não respondeu várias questões por razões de confidencialidade
AirMod é composta por uma equipe de profissionais experientes em todas as especialidades aeronáuticas na indústria da aviação, atuando em áreas como a Gestão de Programas e Projetos; Engenharia; Certificação; Suporte ao Cliente; Planejamento e Custos de Manutenção; Produção; Qualidade; Manutenção de Aeronaves.
A notícia envolvendo a empresa deixou várias dúvidas, algumas delas por envolver aspectos de confidencialidade característicos de contratos militares. A reportagem de Infodefensa apresentou oito perguntas, prontamente respondidas por Amaury Acatauassu:
Esses 25 exemplares (células) de T-27 Tucano a serem modificadas sairão de estoques da Força Aérea Brasileira?
Não, as 25 células que iremos modificar não serão oriundas do estoque da Força Aérea Brasileira (FAB).
O cliente da AirMod é governamental ou é uma Private Military Company (PMC)?
Podemos afirmar com 100% de certeza que é um cliente Governamental.
Existe algum tipo de relação com Embraer nesse contrato?
Não há qualquer participação do OEM do T-27 nesse Programa (OEM=Embraer). A AirMod e prime contractor totalmente autônoma para conduzir e realizar todas as atividades requeridas e/ou especificadas.
Qual o valor do contrato, prazo dos trabalhos e cadência planejada de entregas?
Informações contratuais como as solicitadas são mantidas reservadas, por determinação do Cliente.
Qual a configuração de armamentos e layout de cockpit previstos para esse T-27 convertido?
Novamente, essa é uma informação mantida reservada, por determinação do Cliente.
O motor será reaproveitado sem melhorias?
Os motores das aeronaves, comumente do tipo Pratt&Whitney Canada PT-6 turboélice, poderão ser objeto de revisão e extensão de vida útil, avaliaremos caso a caso.
O Parque Tecnológico de São José dos Campos (PqTec SJC) deverá receber as instalações do Laboratório de Integração e Testes, utilizado para a montagem e integração do protótipo. Essas facilidades também poderão atender contratos da aviação comercial, além dos desenvolvimentos militares?
Sem dúvida. A intenção é continuar utilizando o laboratório para integração de sistemas aeronáuticos, não somente para defesa mas também para atender contratos da aviação comercial e executiva.