ABDI entrega 950 novos uniformes inteligentes ao Exército Brasileiro para testá-los
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ABDI entrega 950 novos uniformes inteligentes ao Exército Brasileiro para testá-los

ABDI faz a entrega dos uniformes inteligentes no 11º DSUP
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A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) realizou a entrega para o Exército Brasileiro de 950 conjuntos de Uniformes Inteligentes ao final de agosto.

As fardas serão distribuídas nos próximos 30 dias às Unidades Operacionais do Exército escolhidas para realizarem os testes de resistência e das funcionalidades de nanotecnologia aplicadas.

O projeto é fruto da parceria da ABDI com o Exército Brasileiro, e do contrato com a empresa ASTRO ABC.

Os experimentos de campo serão realizados no período de setembro a dezembro por unidades operacionais específicas, como Batalhões de Infantaria, Tropa Blindada, Infantaria Paraquedista, Tropa de Selva, Infantaria Leve (Aeromóvel) e por um Regimento de Cavalaria Mecanizado.

Depois dessa fase, as organizações militares submeterão à Agência e à empresa ASTRO relatórios para análise.

Com os novos usos aprovados, serão entregues outras 400 unidades, correspondentes ao lote final, com correções e adaptações.

“O recebimento do lote-piloto dos uniformes operacionais com aplicações tecnológicas desenvolvidos pela ABDI constitui um marco importante na evolução tecnológica dos uniformes operacionais”, afirmou o Coronel Paulo Roberto da Silva Gomes Filho, Gerente do Projeto COBRA, de modernização do equipamento individual do Exército Brasileiro.

De acordo com o coronel, os resultados dessa avaliação contribuirão para ratificar as vantagens que as tecnologias agregadas conferem ao uniforme e, consequentemente, à performance do combatente que o utiliza.

A líder do projeto da Agência, Larissa Querino, explicou a importância do projeto para o setor produtivo. “Com essa iniciativa, a ABDI pretende contribuir para a difusão tecnológica e para a geração de inovações que possam ser incorporadas com sucesso e rapidez no setor produtivo”, disse. De acordo com a especialista, o material de uso militar, junto com o segmento esportivo, é o primeiro setor que incorpora inovações na indústria têxtil. “O sucesso de sua atuação depende da produção e da utilização de produtos e serviços de alta tecnologia e na fronteira do conhecimento”, completou.

Cynthia Mattos, a Gerente da Unidade de Projetos Especiais da ABDI explicou que “as inovações tecnológicas aplicadas ao uniforme têm caráter dual, podendo ser aproveitadas em outros segmentos de mercado”.

A última etapa contemplará a incorporação de novas funcionalidades baseadas em tecnologias eletrônicas, que deverão ser integradas ao rádio e ao computador operacional da Indústria de Material Bélico do Brasil (IMBEL).

O projeto

Projeto Uniforme Inteligente é uma plataforma de integração de competências tecnológicas, de demonstração e de difusão de tecnologias inovadoras em campos distintos da indústria, a têxtil e a eletrônica.

O Uniforme Inteligente é uma iniciativa da ABDI e recebe o apoio do Exército, que já desenvolve o Projeto Combatente Brasileiro (COBRA).

O objetivo é atender uma demanda das Forças Armadas por vestimentas mais confortáveis e adequadas às operações militares e, ao mesmo tempo, difundir técnicas inovadoras do setor têxtil.

No início de 2019, foi criada uma força tarefa contando com a participação do Ministério da Defesa (MD), Exército, Marinha e Aeronáutica, IMBEL (Indústria de Material Bélico do Exército), Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (ABIT), SENAI-CETIQT, Instituto Federal Fluminense (IFF) e Laboratório de Sistemas Integráveis (LSI-USP) .

O grupo definiu os itens que deverão compor o Uniforme Inteligente, bem como as funcionalidades, requisitos e tecnologias a serem exigidas no lote piloto do produto.

As cinco primeiras unidades a serem verificadas são a primeira entrega do projeto.

Às peças, foram incorporadas funcionalidades e tecnologias de última geração.

A ABDI apoia o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa (BID) por meio da articulação e cooperação com o Governo (demandante) e empresas fornecedoras de produtos e serviços de defesa.

Entre as iniciativas, destacam-se ações orientadas ao desenvolvimento da inovação e à adoção de tecnologias voltadas para o aumento da competitividade do setor produtivo, com o foco em produtos, tecnologias e aplicações para os mercados interno e externo. “Desta forma, promovemos o desenvolvimento da inovação na indústria, por meio do estímulo das competências no setor têxtil e de eletrônica”, explica Larissa.

Setor Têxtil

A indústria de defesa é um dos principais demandantes de inovação, de novos materiais e de processos inovadores, no entanto os benefícios também transbordam para o uso civil. "No começo trabalhamos com um grupo pequeno mas depois que essa tecnologia é testada e aprovada, ela entra num conceito dual, ou seja um conceito que pode atender tanto a área militar quanto a civil", afirma Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit).

O presidente destacou também que as funcionalidades impactam toda a cadeia de fornecedores. "A corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco. Não adianta ter elementos díspares de capacidade para determinado fim se um é muito diferente do outro, e aquela falha de um dos elementos, ou aquele não-desenvolvimento, coloca em risco totalmente o uniforme ou o equipamento que está sendo oferecido."

De acordo com Pimentel, a economia circular também é considerada na estratégia de desenvolvimento dos uniformes inteligentes.

A indústria têxtil tem a preocupação de viabilizar novos usos aos materiais, posteriormente, sem ferir a segurança, a confiança e a confiabilidade do que será feito.

Imagens: ABDI/Exército Brasileiro/ABIT



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