Brasil planeja criar um Comando Conjunto de Operações Especiais
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Brasil planeja criar um Comando Conjunto de Operações Especiais

O ministro Fernando Azevedo e Silva durante apresentação do Ministério da Defesa. Imagens: Roberto Caiafa
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O ministro da Defesa brasileiro, Fernando Azevedo e Silva, garantiu que sua pasta prevê, em um futuro próximo, a criação de um Comando Conjunto de Operações Especiais que inclua tropas do Exército, Marinha e Força Aérea.

Azevedo fez o anúncio durante entrevista coletiva com meios de defesa especializados no Colégio Superior de Guerra do Rio de Janeiro, que contou com a presença do Infodefensa.com.

Durante a conferência, o ministro também defendeu o aumento de 4,83% nos orçamentos que sua carteira preparou para o próximo exercício, que somam 20 bilhões de dólares.

A esse respeito, Azevedo explicou que as Forças Armadas são o único segmento do Executivo vinculado exclusivamente à União e que só é financiado com seus recursos. Portanto, “precisamos de um orçamento compatível com os nossos projetos”, afirmou.

Da mesma forma, o ministro garantiu que “a defesa não tem a devida atenção que merece na sociedade e no poder político brasileiros” e que é tarefa das Forças Armadas “promover um pequeno debate sobre a defesa do Brasil”.

Projetos estratégicos

No evento, Azevedo também forneceu uma descrição detalhada dos projetos estratégicos das Forças Armadas como o blindado 6x6 Guaraní, o SisFron e o Astros 2020 para o Exército; o submarino convencional e nuclear do Prosub e as fragatas Tamandaré para a Marinha; e as aeronaves KC-390 e F-39 Gripen para a Força Aérea.

Por sua vez, o ministro destacou que a Base Industrial de Defesa (BID), responsável por 285 mil empregos diretos e 850 mil indiretos, alcançou exportações autorizadas de equipamentos de emprego militar no valor de US $ 1.200 milhões de dólares em 2019, 32,8% a mais que em 2018.

Além disso, foi mencionado o apoio do Ministério da Defesa em três pontos de capital importância: reestruturação da carreira militar; as atualizações da Política de Defesa Nacional (PND), da Estratégia de Defesa Nacional (NDT) e do Livro Branco de Defesa Nacional (LBDN), atualmente em sua terceira atualização; e a recuperação da capacidade operacional.

Azevedo disse que a recuperação da capacidade operacional enfrenta graves constrangimentos orçamentais. O ministro explicou que, do total de recursos destinados à Defesa, 80% são destinados ao pagamento de pessoal e 10% às despesas obrigatórias, restando apenas os 10% restantes para as chamadas despesas discricionárias.

Segundo o ministro, em 2021 seriam necessários 15 bilhões de reais (2.656 milhões de dólares) para despesas discricionárias, mas até agora apenas 11,7 bilhões (2.072 milhões) estão garantidos.

Nos anos anteriores, esse tipo de problemas levou à ampliação dos prazos de entrega, citando como exemplo que o último veículo blindado guarani só será entregue em 2041, quando as primeiras unidades "já terão ido para o ferro-velho há muito tempo", explicou Azevedo.



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