As autoridades brasileiras estão trabalhando para criar um Centro Tecnológico de Helicópteros em Itajubá
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As autoridades brasileiras estão trabalhando para criar um Centro Tecnológico de Helicópteros em Itajubá

Marson CentroTecHelicopBrasil
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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - Autoridades brasileiras assinado a Carta de intenções propondo a criação de um Centro Tecnológico de Helicópteros, destinado a ampliar a liderança brasileira na indústria aeronáutica da América do Sul. A Carta foi assinada pelos participantes do Seminário sobre o Desenvolvimento do Setor Aeronáutico de Asas Rotativas no Brasil, realização em Itajubá, Minas Gerais, nos dias 6 e 7 deste mês.

“Tenho certeza que teremos muito trabalho a desenvolver a partir de agora”, foi assim que o Reitor da UNIFEI – Universidade Federal de Itajubá, Renato Nunes, abriu as palestras do seminario.

Logo após a abertura foi assinado um convênio de cooperação entre Helibras e Unifei, para o desenvolvimento de tecnologia e pesquisa no setor aeronáutico. De acordo com o Reitor, essa assinatura é “fruto de uma convergência entre o governo, que usou seu poder de compra no caso dos helicópteros EC725 para desenvolver a indústria nacional, a Universidade, onde é gerado o conhecimento e a Indústria, representada pela Helibras e fornecedores, que são os verdadeiros produtores de riquezas”.

Os participantes reconheceram que, para alcançar essa autonomia tecnológica, é  necessário o desenvolvimento de duas etapas importantes. Uma delas já foi encaminhada com a compra, já assegurada em contrato assinado entre o Comando da Aeronáutica e a Eurocopter/Helibras, em 2009, de helicópteros EC-725. A outra etapa é o desenvolvimento de massa crítica e formação de recursos humanos qualificados. Para alcançar esta meta, segundo eles, seria necessário a criação do Centro Tecnológico de Helicópteros, que daria as condições para obter competências e tecnologias inovadoras para o complexo aeronáutico de asas rotativas. A realização de testes em equipamentos, tais como ensaios em pás de rotores, que constitui operação complexa hoje só realizada em centros de alta tecnologia no exterior, seria uma consequência da implantação do Centro Tecnológico de Helicópteros. A instalação do Centro Tecnológico em Itajubá, no campus da UNIFEI, é uma possibilidade mencionada no documento, já que poderia se transformar em um dos 12 projetos estruturantes previstos no Plano Brasil Maior. O documento foi assinado pelo presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Mauro Borges Lemos, instituição ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), pelo secretário de Produtos de Defesa do Ministério da Defesa, Murilo Marques Barboza, e por outros representantes do governo federal, do Estado de Minas Gerais e da UNIFEI.

Palestras

O primeiro painel teve como tema as ‘Oportunidades, desafios e ambiente de negócios’ ligados ao setor de asas rotativas. Eduardo Marson, o presidente da Helibras abriu a discussão mostrando o atual cenário de mercado no Brasil.

De acordo com Marson, o mercado governamental (segurança pública e defesa civil) é o que apresentará maiores oportunidades à medida que se aproximam a Copa do Mundo e as Olimpíadas. “Hoje, são 130 helicópteros policiais em uso na área da segurança pública, mas, com estes eventos, estimamos que possam chegar a 250 aeronaves”.

O mercado civil também apresenta bons números, com um crescimento de 10% ao ano. Para o mercado militar, no entanto, além dos 50 helicópteros EC725 já vendidos, a oportunidade é o mercado de manutenção e modernizações. Outro segmento em ascensão é o Offshore, em decorrência da exploração do pré sal. Esse setor também será beneficiado com o programa EC725, já que a versão civil deste helicóptero, o EC 225, é um dos modelos mais eficientes para os trabalhos de transporte de funcionários e materiais para as plataformas de exploração, devido ao seu longo alcance, como confirmou Marco Aurélio Balboa, consultor do Centro de Aviação da Petrobras em sua palestra.

A produção de um helicóptero brasileiro, maior curiosidade dos participantes, mostrou que vai beneficiar outras empresas além da Helibras. Um exemplo foi a palestra da Inbra Aerospace, empresa de materiais compostos e blindagem, que mostrou durante sua apresentação, como a organização deve crescer para participar do projeto do EC725. A empresa será integrada a cadeia de fornecedores do grupo EADS.

Para os interessados em consolidar carreira neste setor, Eduardo Marson avisa: “O mercado está aquecido. Em 2010 tivemos um recorde de produção, com 42 helicópteros e, a partir deste projeto de expansão, a finalização do novo hangar e a transferência de tecnologia, teremos mais espaço para produção e manutenção. Estimamos empregar 1.000 trabalhadores até 2015. Passamos de 290, no ano de 2009 e hoje somos 570. Estamos a caminho”.

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