Foguete VS-50 sub-orbital, desenvolvido por Brasil e Alemanha, deverá voar em 2024
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Foguete VS-50 sub-orbital, desenvolvido por Brasil e Alemanha, deverá voar em 2024

O Brasil (IAE) foi responsável pelo desenvolvimento dos motores S50 e S44 e do sistema de apoio à navegação e a Alemanha (DLR) foi responsável pelo desenvolvimento e qualificação dos demais sistemas
Teste de Motor Foguete
Mock-up do motor S50 (VS50). Firma: AEB
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Marco Antonio Chamon,  presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), instituição responsável pela coordenação do programa espacial no país, anunciou para 2024 um voo do foguete VS-50, resultado de uma parceria bi-nacional entre o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), do Brasil, e Agência Espacial Alemã (DLR).

O Brasil (IAE) ficou responsável desenvolvimento dos motores S50 e S44, pelo sistema de navegação reserva. 

Além disso, pela infraestrutura para o lançamento e segurança de voo e pela gestão da documentação dos projetos. 

O desenvolvimento e qualificação dos demais sistemas ficaram sob responsabilidade da Alemanha (DLR).

O foguete brasileiro, denominado VS-50, é um veículo do tipo suborbital, ou seja, ele não atinge uma órbita e permanece nela, mas voa durante alguns preciosos minutos no limiar da atmosfera, a 100 quilômetros acima do nível do mar, quando então retorna.

Esse voo sub-orbital é suficiente para experimentos em microgravidade, mas os dados gerados, se o foguete e seu payload completarem a missão, podem validar a construção do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), que em tese, usaria o mesmo tipo de motor do foguete VS-50.

Vs50png


Uma realidade amarga para o Programa Espacial Brasileiro, pois o VLM-1 é um dowgrade em performance de voo, alcance e carga paga, do finado projeto VLS, foguete multi-estágios que explodiu em sua torre de integração/lançamento no Centro Espacial de Alcântara, no Maranhão, em 22 de agosto de 2003, matando mais de 20 cientistas, técnicos e engenheiros.

Vinte anos depois, a Agência Espacial Brasileira e o Progama Espacial Brasileiro acumulam diversos e variados atrasos, deficiências de gestão, dificuldades de aquisição de ítens controlados tecnologicamente e uma enorme lacuna no quesito investimentos, especialmente por parte do Estado Brasileiro, que não repassa a Força Aérea Brasileira, instituição fundamental desse arranjo, recursos com volume adequado e previsibilidade orçamentária condizentes com as necessidades nesse setor.

O fato inegável, evidente até aos neófitos, o Brasil ficou para trás no desenvolvimento de um Programa Espacial mantido pelo Estado, há ponto de ver-se obrigado a pagar por uma vaga para conseguir lançar um satélite brasileiro usando um foguete indiano. 

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