Exército Brasileiro estuda adquirir 86 obuseiros autorebocados M119A2 de 105mm
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Exército Brasileiro estuda adquirir 86 obuseiros autorebocados M119A2 de 105mm

Além do UH-60, o CH-47 Chinook também pode transportar o M119
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(Infodefensa.com)

O Exército Brasileiro publicou na última semana em seu Boletim Interno a criação de um Grupo de Estudos de Viabilidade cujo resultado final versa sobre a aquisição de até 86 obuseiros auto-rebocados de 105mm M-119A2, a serem obtidos via Vendas Militares ao Exterior (FMS), a partir dos estoques das Forças Armadas norte-americanas nos Estados Unidos.

Após um prazo regulamentar de 90 dias, o grupo, liderado pelo comandante da Artilharia Divisionária da 5ª Divisão de Exército, general-de-brigada Luciano Batista de Lima, deverá entregar ao Estado Maior da Força Terrestre um estudo detalhado que indique os caminhos necessários para que sejam substituidos, por meio de uma solução sistêmica completa no âmbito da Artilharia de Campanha, os meios de emprego mais antigos e totalmente obsoletos.

Os meios de lançamento do Subsistema Linha de Fogo existentes no EB a serem substituídos compreendem 140 (cento e quarenta) obuseiros M101 105 mm AR, que possuem, em média, mais de 75 (setenta e cinco) anos de operação, bem como, após estudos complementares e adicionais, deverão também serem substituidos 40 (quarenta) obuseiros L118 Light Gun, de origem britânica (25 anos de emprego) e 54 (cinquenta e quatro) obuseiros M56 OTO MELARA, de origem italiana (35 anos de emprego-foto).

Inicialmente, a revitalização desse material deverá ficar a cargo dos Arsenais de Guerra e Parques Regionais de Manutenção, permitindo assim operar os novos materiais por no mínimo 30 (trinta) anos.

Outra vertente do Estudo de Viabilidade será a nacionalização e fabricação local dos principais tipos de munição relativos ao M119 A2, se possível, na Base Industrial de Defesa (BID).

Deverá ser integrado aos M119A2, a medida que forem entregues, os subsistemas de artilharia necessários para a operação sistêmica dos obuseiros, principalmente a Observação, a Direção de Tiro, Coordenação de Fogos, o Comando e Controle, a Topografia e a Meteorologia. Também deverá ocorrer a nacionalização dos equipamentos ópticos de pontaria para os obuses (lunetas, quadrantes de nível, etc) e material convencional de direção de tiro (Tabela Numérica de Tiro e conjuntos de Réguas de Tiro e Réguas de Sítio).

O planejamento de entregas, a partir de 2022, prevê que em sete anos os 86 obuseiros estarão nas unidades de artilharia, revitalizados e operacionais.

Deve-se observar que a quantidade prevista de M119A2 significa uma redução na capacidade de fogo com armas de 105 mm a menos da metade dos atuais 190 obuseiros existentes, se forem somados e considerados os M101 e M59 que serão substituídos.

Os L118 Light Gun de origem britânica, somam 40 peças com 25 anos de recebimento, e em tese, poderiam ser úteis, porém, existe aqui uma importante diferença entre a arma americana que será entregue e a arma inglesa e que poderá determinar o seu fim no Brasil, a forma de acondicionar a carga de propelente munição, e suas respectivas culatras.

No britânico L118 a carga propelente consiste em saquitéis de pólvora, a cabeça de guerra sendo introduzida primeiramente na arma em separado, enquanto a versão norte-americana M-119A2 usa o estojo de latão extrudado, ejetando-o após o tiro.

Logísticas e tipos de munição completamente diferentes, óbices determinantes para a aposentadoria dos L118 do Exército na medida que os M119A2 forem sendo entregues.

Conhecendo o M-119A2

 

O M119A1/A2 é um obuseiro leve autorebocado projetado para fornecer suporte de fogo direto e indireto em operações de armas combinadas. Ele foi fabricado durante anos pelo Rock Island Arsenal-Joint Manufacturing and Technology Centre (RIA-JMTC) sob parcerias conjuntas EUA/RO (Royal Ordnance). O M119 entrou em serviço operativo na 7ª Divisão de Infantaria (Fort Ord) em dezembro de 1989.

A versão M119A1 entrou em serviço com a 82ª Divisão Aerotransportada em julho de 1991 e com a 101ª Divisão Aerotransportada em agosto de 1992. O Exército americano concluiu o recebimento desses obuseiros iniciais do tipo M119A1 em 1995. Quatorze anos depois, em abril de 2009, a versão M119A2 foi colocada em campo no Afeganistão e Iraque pela 3ª Divisão de Infantaria.

O M119, no seu auge operacional, foi utilizado por todas as brigadas de infantaria regulares do Exército Norte-Americano, incluindo a 10ª Divisão de Montanha, a 25ª Divisão de Infantaria, a 82ª Divisão Aerotransportada e 101ª Divisão Aerotransportada. Essa arma também serviu por muitos anos na artilharia de campo das Brigadas Aerotransportadas e na Guarda Nacional.

O Escritório Executivo do Programa de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia de Munições e Armamento entregou 16 obuseiros "novos" da versão M119A3 para o 3º Batalhão, 319º Regimento de Artilharia Aerotransportada, em 2013.

O M119 deveria ser retirado de serviço no ano fiscal 2008-2009, mas os contratos adjudicados ao RIA-JMTC foram renovados pelo Exército americano para estender a produção do obuseiro M119 até o ano fiscal de 2013.

O M119 foi originalmente projetado, desenvolvido e fabricado pela Royal Ordnance Company em Nottingham, Inglaterra como o L118/L119 British Light Gun. A implantação bem-sucedida durante a Guerra das Malvinas levou o Exército dos EUA a introduzir este obuseiro em seu inventário. O exército americano comprou os direitos de licença em 1987 para produzir o Light Gun com o nome M119, na versão que emprega culatra deslizante e munição encartuchada.

O M119 pode disparar todas as munições OTAN padrão 105mm de artilharia (cartuchadas), incluindo as munições M1 de alto explosivo, os projéteis M913 de alto poder explosivo e propulsão assistida (basebleed), o cartucho M314 iluminativo e o cartucho de fumaça de fósforo branco M60/M60A2.

Caracteristicas

O M119 é mais leve e tem uma taxa de tiro mais rápida do que seu predecessor, o M102. A taxa máxima de tiro é de seis disparos por minuto durante os dois primeiros minutos.

O fogo sustentado é de três rounds por minuto durante 30 minutos. Essa arma tem uma faixa de tiro padrão de 14.000m e uma faixa máxima de 19.500m, esse alcance sendo atingido com emprego de projéteis assistidos (basebleed).

Uma equipagem padrão de sete pessoas é necessária para preparar o obuseiro para o disparo.

Em agosto de 2010, o Exército dos EUA assinou um contrato de 65 milhões de dólares com a Honeywell para equipar a sua frota de M119 com o Sistema Tático Avançado de Navegação Inercial Terrestre (aTALIN).

O M119 pode ser facilmente movimentado e rapidamente colocado no campo para fornecer o melhor poder de fogo com menos peso de combate, tem uma silhueta mais baixa e pode disparar sem a necessidade de um recoil pit.

Ele é rebocado principalmente pelo veículo de alta mobilidade multiuso com rodas (HMMWV) e pode ser rotineiramente lançado por pára-quedas e também transportado como carga enganchada nos helicópteros CH-47 Chinook ou UH-60 Black Hawk.

Imagens: Roberto Caiafa/US Army/Exército Brasileiro



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