Indústria brasileira terá participação de 47,68% no futuro navio polar da Marinha
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Indústria brasileira terá participação de 47,68% no futuro navio polar da Marinha

Navio polar NApAnt
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Começaram as consultas aos potenciais fornecedores do projeto do Navio de Apoio Antártico (Napant), cujo grupo construtor foi confirmado pela Marinha do Brasil no último dia 8 de outubro.

O conteúdo local exigido inicialmente pela Marinha para o futuro navio previa o índice mínimo de 45%, sendo que a proposta selecionada pela força naval, do grupo Sembcorp Marine, apontou o percentual de 47,68%.

A Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron) pretende promover encontros e eventos sobre o navio polar com fornecedores locais e representantes da comunidade marítima, por intermédio do Cluster Tecnológico Naval do Rio de Janeiro e da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Ao longo do projeto, a Emgepron poderá promover este tipo de encontro, a exemplo do que promoveu para o Programa de Fragatas Classe Tamandaré (PFCT), com intuito de garantir o atingimento e, até, a superação, dos índices de nacionalização que serão incluídos no contrato que ainda será firmado, como uma medida gerencial, a depender do desempenho desse indicador.

O Cluster vai contactar empresas fornecedoras, incentivando a participação e usando o seu ambiente informacional para dar publicidade às possibilidades de fornecimento de materiais e equipamentos, contribuindo assim para o atingimento dos índices contratuais.

O processo do Napant foi idêntico ao adotado para a obtenção das fragatas Tamandaré, tanto no que se refere à seleção pela Marinha quanto pela negociação que se inicia na Emgepron.

A Marinha e a Emgepron vêm utilizando os processos de solicitação de informações (Request for Information — RFI) e de solicitação de propostas (Request for Proposal — RFP) utilizado há muitos anos pelas forças armadas dos países desenvolvidos.

Representantes da Câmara Setorial de Equipamentos Navais, Offshore e Onshore (CSENO) e da câmara de defesa da Abimaq estiveram recentemente falando com a gerência do projeto NApAnt, ligada à coordenadoria-geral de programas estratégicos da Marinha.

A CSENO sugere que a Marinha poderia exigir conteúdo local separadamente, contemplando um percentual mínimo para equipamentos.

A CSENO avalia que está tendo uma excelente articulação, tanto com a Marinha, quanto com a Emgepron e já fez algumas proposições à Marinha no sentido de haver um índice de conteúdo local próprio para equipamentos.

Napant

O novo Napant irá substituir o navio de apoio oceânico (NApOc) Ary Rongel (H44), que se aproxima do final do ciclo de vida.

A Marinha destacou que o processo de seleção foi baseado na expertise técnica e gerencial do seu pessoal e contou com o apoio da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A escolha da melhor oferta para atender o projeto teve início com a divulgação da RFP, em maio de 2020, e aplicou-se duas ferramentas principaispara os resultados, a análise multicritério à decisão (AMD) e a análise de riscos.

Em nota, a Marinha informou que a decisão envolveu a análise de mais de 300 critérios distribuídos nas seguintes áreas: desempenho do navio, modelo do negócio financeiro, ciclo de vida e apoio logístico integrado, e estratégia construtiva. O projeto vencedor será construído nas instalações do EJA, no Espírito Santo.

A previsão da Marinha é que sejam gerados de 500 a 600 empregos diretos e mais de 6.000 indiretos, mobilizando importante parcela da indústria naval brasileira e da base tecnológica nacional.

‘Polar-1 Ltda’ é o nome da sociedade de propósito específico (SPE) formada pelo Estaleiro Jurong Aracruz (EJA) e pela Sembcorp Marine Specialised Shipbuilding, que fazem parte do mesmo grupo, a partir do resultado da concorrência promovida pela Marinha do Brasil para obtenção do navio.

A negociação contratual com a SPE Polar-1 é conduzida pela contratante Emgepron e deverá cumprir os devidos trâmites legais e condições estipuladas na RFP para a assinatura do contrato no prazo mais breve possível. A entrega do navio à Marinha do Brasil está prevista para 2025.



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