O Bell 47 foi o primeiro helicóptero regulamentado no Brasil em 8 de março de 1946. O tipo foi encomendado para uso na agropecuária, na indústria e outros setores civis e também para uso militar. O primeiro piloto a voar esse tipo de helicóptero foi Renato Arens, piloto treinado na fábrica Bell em 1946. Porém, o primeiro piloto a ser oficialmente registrado no Brasil pelo Ministério da Aeronáutica foi Carlos Alberto Alves, treinado por Arens naquele mesmo ano.
O principal uso dos Bell 47 foi o estabelecimento de serviços de busca e salvamento das forças armadas brasileiras, e no apoio a pesquisa científica no mar, também com roupagem militar, a partir de meados da década de 1950.
A operação de aeronaves de asas rotativas para emprego militar teve início no Brasil com a aquisição pela Força Aérea Brasileira de quatro células do modelo Bell 47D1.
Um dos pioneiros Bell 47 da Força Aéra Brasileira. Foto: FAB
Marinha do Brasil
No ano de 1952, a Diretoria de Aeronáutica da Marinha foi restabelecida, ocorre a criação e instalação do Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval, concluído em 1957 e, com a chegada dos primeiros helicópteros do tipo Bell 47 (da versão japonesa Kawasaki Bell 47G-3B), em 1958, foram retomadas as operações aéreas, interrompidas em 1941 com a criação do Ministério da Aeronáutica.
Um dos Kawasaki Bell 47G-3B. Foto: MB
A chegada ao Brasil do Navio-Aeródromo Ligeiro Minas Gerais, em 1961, culminou na criação do Comando da Força Aeronaval e iniciaram-se as operações em São Pedro da Aldeia, base principal da Aviação Naval até o presente momento.
Em 1965, a Marinha do Brasil foi obrigada por ordem presidencial a operar exclusivamente aeronaves de asa rotativa, cedendo seus aviões para a Força Aérea Brasileira (FAB) e recebendo dela avançados helicópteros antissubmarino SH-34, na esteira de uma crise militar entre a Aviação Naval e a Força Aérea.
Os SH-34 foram herdados da Força Aérea na troca de aeronaves entre as forças. Foto: MB
Essa disputa acabou criando a estranha situação onde uma Força Aérea operava um Grupo Aéreo Embarcado de aeronaves antisubmarinas em um porta-aviões da Marinha. Tais fatos marcaram um período em que houve um grande desenvolvimento na capacidade de emprego de aeronaves de asa rotativa a bordo de navios.
A MB era uma das poucas forças militares no mundo que operava com helicópteros embarcados, estendendo suas operações em períodos noturnos e permitindo a ampliação da capacidade em convoos pequenos e difíceis.
Um antigo SH-3 Sea King, hoje substituído pelo AH-15B Super Cougar, mas com a mesma função, lançar mísseis Exocet (MANSUP). Foto: Roberto Caiafa
Século XXI
No ano de 2022, a Aviação Naval ativou o 1° Esquadrão de Aeronaves Remotamente Pilotadas, dando início às operações de um novo tipo de aeronave com capacidade para realizar missões de inteligência, vigilância e reconhecimento.
Essa compra tem tudo a ver com a Aviação de Asas Rotativas, já que significa mais horas de voo disponíveis para os helicópteros em suas missões principais, enquanto longos e complexos voos de vigilância e reconhecimento podem ser assunidos pelos drones Scan Eagle (Insitu/Boeing).
A modernização e aquisição de aeronaves e equipamentos de alta tecnologia nos últimos anos das Aviação Naval vem proporcionando inovações técnicas e táticas para seus helicópteros como emprego de óculos de visão noturna, novas e mais complexas táticas de ataque com mísseis superfície-superfície diferentes (Exocet e Penguin) e novas armas antisubmarino como os torpedos MK.46 MOD5 convertidos para o padrão MK 54 Mod 0.
O NAM Atlântico é fundamental para as operações de asas rotativas da Marinha do Brasil. Foto: Roberto Caiafa
Atualmente, a Aviação Naval envolve a Diretoria de Aeronáutica da Marinha (Daerm), o Navio Aeródromo Multipropósito Atlântico (NAM Atlântico) mais o fundamental apoio do G40 Bahia, os Esquadrões de Helicópteros sediados em Manaus, subordinado ao Comando do 9º Distrito Naval; Ladário, subordinado ao Comando do 6º Distrito Naval; Rio Grande, subordinado ao Comando 5º Distrito Naval; e Belem, subordinado ao Comando do 4º Distrito Naval, além do Comando da Força Aeronaval (ComForAerNav), que se encontra sediado em São Pedro da Aldeia, a quem estão subordinados o Centro de Instrução e Adestramento Aeronaval Almirante José Maria do Amaral Oliveira (Ciaan), a Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (Baenspa), o Grupo Aéreo Naval de Manutenção (GAerNavMan), os cinco Esquadrões de Helicópteros sediados em São Pedro da Aldeia, o Centro de Intendência da Marinha em São Pedro da Aldeia (Ceimspa) e a Policlínica Naval de São Pedro da Aldeia (Pnspa).
Os helicópteros do ComForAerNav, além dos exercícios operativos que realizam embarcados nos navios da Esquadra e das Forças Distritais ou com os Fuzileiros Navais, também participam de comissões hidrográficas em navios da Diretoria de Hidrografia e Navegação, nas Operações Antárticas e, ainda, em diversas missões de apoio, destacando-se as de caráter humanitário, tais como as de busca e salvamento, as de transporte em programas sociais do governo federal e as de assistência hospitalar às comunidades ribeirinhas.
A introdução do Scan Eagle significou mais horas de voo disponíveis para os helicópteros navais em suas missões principais. Imagem: MB
Ainda que a Aviação Naval esteja concentrada em São Pedro da Aldeia, ela atua em todo o território nacional por meio dos quatro esquadrões distritais, localizados em Belém (PA), Rio Grande (RS), Ladário (MS) e Manaus (AM). Eles possibilitam a atuação na Amazônia, Pantanal, e na Amazônia Azul, protegendo as riquezas e os interesses do País e no exterior.
AH-11B Wild Lynx (Westland/Agusta/Leonardo)
Na Marinha do Brasil a aeronave AH-11B é empregada com o intuito de integrar os sistemas de armas dos navios de superfície da Esquadra, para ampliar as possibilidades dos sensores de bordo e a capacidade de reação dos navios com emprego de mísseis superfície-superfície a distância ou torpedos antisubmarinos com vetoração de ataque repassada por navios.
Secundariamente, é utilizada em tarefas de evacuação aeromédica, busca e salvamento, apoio logístico móvel, levantamento fotográfico, espotagem de tiro de superfície, calibragem de radares e pode ser empregada em apoio a elementos de operações especiais.
AH-11B Wild Lynx decolando da Fragata F43 Classe Niterói. Foto: Roberto Caiafa
A frota de oito helicópteros modernizados AH-11B Wild Lynx é operada pelo Esquadrão Lince ou 1º Esquadrão de Helicópteros de Esclarecimento e Ataque Anti-submarino (EsqdHA-1).
Esses vetores estão qualificados para operar no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, nas fragatas classe Niterói, no Navio Doca Multipropósito Bahia e nos Navios de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia e Mattoso Maia.
AH-11B Wild Lynx decolando do NAM Atlântico. Foto: Roberto Caiafa
UH15/UH-15A/AH-15B Super Cougar (Airbus Helicopters/Helibras)
A primeira aeronave do projeto H-XBR foi entregue no dia 11 de abril de 2011, na Base Naval do Rio de Janeiro, ao serviço Operacional da Marinha do Brasil, recebendo a designação de UH-15.
UH-15 Standar são helicópteros multimissão, sendo a versão básica empregada em tarefas associadas ao apoio de operações especiais, operações terrestres de caráter naval, além de atividades benignas e de emprego limitado da força, tais como evacuação aeromédica, busca e salvamento, transporte aéreo logístico e combate a incêndio.
Participam de diversas missões da Marinha como a Operação Unitas, Operação Dragão, Operação Poseidon, apoio à sociedade brasileira em desastres naturais e no transporte de urnas eletrônicas aos mais diversos rincões do país para as eleições.
Um UH-15 decolando do NAM Atlântico. Foto: Roberto Caiafa
UH-15A: esta versão realiza missões de Combate SAR (C-SAR), Busca e Salvamento (SAR), apoio às Operações Anfíbias e Operações Especiais.
Mergulhadores de combate executam Fast Hope a partir de um UH-15A do Esq. HU-2. Foto: Roberto Caiafa
AH-15B: a versão operacional, além das tarefas citadas na versão UH15 e UH-15A, realiza operações de esclarecimento e ataque, à luz de sua vocação para ações ASuW (Guerra Antissuperfície), contando com sensores no "estado da arte", constituídos por um radar Telephonics AN/APS-143, uma torreta para visão noturna e termal FLIR CCD/TV, um Sistema de Gerenciamento de Dados Táticos de missão (N-TDMS) e mísseis Exocet AM39 B2M2, de última geração.
Lançamento de míssil Exocet AM39 B2M2 pelo AH-15B Super Cougar. Foto: Marinha do Brasil
Os UH15, UH-15A e AH-15B são operados pelo Segundo Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral-EsqdHU-2, pelo Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Norte-EsqdHU-41, pelo Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Sul--EsqdHU-51 (UH-15).
Esses vetores estão qualificados para operar no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, nas fragatas classe Niterói, no Navio Doca Multipropósito Bahia e nos Navios de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia e Mattoso Maia.
SH-16 SeaHawk
Em 2008, foram adquiridas quatro aeronaves Sikorsky S-70B Seahawk e em 2011 mais duas aeronaves. O modelo é uma versão customizada do MH-60R da US Navy, capaz de realizar missões ASW e ASuW, cujas principais diferenças são o sonar Helras, MAS Penguin e rádios Rhode & Shwartz.
Sua principal missão é a guerra antissubmarino (ASW) empregando sonar DS 100 Helras (Helicopter Long-Range Active Sonar) e torpedos MK.46 (MK-51 MOD 0). Para missões de guerra ar-superfície (ASuW) utiliza radar APS-143(C)V3e mísseis AGM 119B Penguin MK2 MOD7, com alcance de cerca de 18MN e guiagem IR.
SH-16 Seahawk Guerreiro 36 lança torpedo Mk.46 MOD5 de treinamento. Foto: Roberto Caiafa
As primeiras aeronaves SH-16 Seahawk chegaram no 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino em 2013 efetuando seu primeiro pouso em um convoo de navio da Marinha em 7 de novembro daquele ano.
O tipo obteve seu primeiro contato submarino com tripulação 100% brasileira em fevereiro de 2014 durante a comissão Aspirantex e, no mesmo ano, efetuou o primeiro lançamento do míssil Penguin na comissão Aderex-II.
Em 2019 deu-se inicio a qualificação em voo com OVN (Óculos de Visão Noturna), aumentando a capacidade operativa do Esquadrão Guerreiro, sendo este também homenageado pela Sikorsky por efetuar o primeiro resgate noturno realizado no mar com emprego do SH-16.
O radome do radar APS-143(C)V3 é bem visível no ventre do "Guerreiro 37". A sua frente está a torreta FLIR/CCD TV. Foto: Roberto Caiafa
No ano de 2021 o 1º Esquadrão de Helicópteros Anti-Submarino alcançou a marca de 8.000 horas de voo com os SH-16 Seahawk. A principal missão do Seahawk é detectar, localizar, acompanhar e atacar submarinos e alvos de superfície.
Também realiza tarefas de Emprego Geral tais como Evacuação Aeromédica (EVAM), Busca e Salvamento (SAR - Search and Rescue), Transporte Aéreo Logístico, Lançamento de Pára-quedistas, Fast rope, Rappel, Penca, Transporte Administrativo e Transporte de Tropas.
Esse vetor está qualificado para operar no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, nas fragatas classe Niterói, no Navio Doca Multipropósito Bahia e nos Navios de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia e Mattoso Maia.
O SH-16 Seahawk pode ser armado com torpedos, minas navais e mísseis Pinguin MK3 MOD7 IR. Foto: Roberto Caiafa
Bell 206B JetRanger III (Bell Helicopters Textron)
Em 1985 a Marinha do Brasil assinou contratos com a Bell Helicopter Textron para a compra de 16 helicópteros Bell 206B Jet Ranger III, e com a Sfena Company para que procedesse a reconfiguração da suíte de avionica das aeronaves, elevando significativamente o peso vazio dos helicópteros, objetivando equipá-los com um painel de instrumentos semelhante ao empregado pelos modelos em uso na Marinha Americana para a formação de pilotos de asas rotativas.
Esta modificação permite que o modelo voe sem restrições sob condições de voo por instrumentos. Mais três aeronaves novas foram entregues em 1992, a frota de 19 exemplares sendo operada pelo 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1).
Um Bell 206B Jet Ranger III da Marinha do Brasil durante voo de instrução. Foto: Roberto Caiafa
Além do painel melhorado, os 19 exemplares foram equipados com gancho de carga, guincho elétrico, flutuadores de emergência e portas ejetáveis para a tripulação e passageiros, além de possuirem cabides para instalação de casulos com foguetes SBAT/Skyfire de 70mm e/ou metralhadoras de 12,7mm/7.62mm.
Esses antigos aparelhos, com mais de três décadas em serviço, deverão ser substituídos pelos novos H-125 negociados em conjunto pela Marinha do Brasil, Força Aérea Brasileira e Helibras/Airbus Helicopters.
Esse vetor está qualificado para operar no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, nas fragatas classe Niterói, no Navio Doca Multipropósito Bahia e nos Navios de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia e Mattoso Maia.
Um Bell 206B Jet Ranger III do 1º Esquadrão de Helicópteros de Instrução (HI-1), tendo ao Fundo a Escola Naval. Foto: Roberto Caiafa
H-125 Esquilo/Fennec (Helibras/Airbus Helicopters)
A carreira militar do Helibras Esquilo teve inicio em fins da década de 1970 quando a Marinha do Brasil iniciou estudos para incremento de sua frota de helicópteros utilitários para fomentar a criação de uma indústria nacional voltada a produção de aeronaves de asas rotativas.
O Instituto de Fomento Industrial do Centro Tecnológico Aeroespacial da Força Aérea Brasileira (CTA) passou a estabelecer contatos com diversos fabricantes de helicópteros, solicitando-os a apresentar propostas para produção no Brasil.
Entre as empresas interessadas estava a Aérospatiale, oferecendo o AS-350 Écureuil. Escolhida a opção francesa, em abril de 1978 foi constituída a Helicópteros do Brasil S/A - Helibras, uma empresa formada com 45% de capital da Aérospatiale e 55% de capital brasileiro, tendo sua planta fabril se estabelecido na cidade de Itajubá em Minas Gerais.
Um UH-12 hangarado a bodo do NAM Atlântico com os rotores "penteados". Foto: Roberto Caiafa
Coube a Marinha do Brasil ser uma das maiores impulsionadoras da iniciativa de estabelecimento da produção nacional de helicópteros como um dos primeiros clientes de peso da Helibras.
Este apoio seria concretizado, com a assinatura em 30 de março de 1979, de um contrato de fornecimento de seis células do modelo Aerospatiale AS350B Écuriel, que no Brasil receberia a designação de HB-350B Esquilo e na Marinha do Brasil de UH-12.
O N-7087 fotografado durante a Aspirantex. Foto: Roberto Caiafa
A partir de 1985 os Helibras UH-12 passaram por um amplo processo de adaptação de armamentos para suporte aéreo em operações de desembarque do Corpo de Fuzileiros Navais com emprego de lançadores de foguetes de produção nacional SBAT-70, casulos TMP com duas metralhadoras FN Herstal de 7,62mm e uma metralhadora para tiro lateral MAG58M de 7,62mm.
Durante mais de 40 anos essas aeronaves desempenharam um variado leque missões deste apoio às operações anfíbias e especiais, esclarecimento por radar e visual, patrulha naval, transporte de tropa, apoio logístico, busca e salvamento, guarda de aeronave (Pedro), evacuação aero médica e ataque leve/reconhecimento, dentre outras missões.
Treinamento de crash de convoo com emprego do UH-12. Foto: Roberto Caiafa
Os Esquilo mono (UH-12) e bi-turbina (UH-13) são operados pelo Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral-EsqdHU-1 (O mais antigo dos esquadrões da Força Aeronaval). Dentre as inúmeras missões realizadas pelo esquadrão estão ataques aéreos em apoio a unidades de tropa; transporte aéreo logístico; ressuprimento aéreo e evacuação aeromédica.
O Destacamento Aéreo Embarcado (DAE), a bordo dos navios que realizam as operações na Antártica, como o Navio Polar Almirante Maximiano (H-41) e Navio de Apoio Oceanográfico Ary Rongel”(H-44) também são completados com aeronaves do EsqdHU-1.
Os Esquilos também compoem as frotas do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Noroeste-EsqdHU-91, do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Sul-EsqdHU-51, e do Primeiro Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral do Oeste-EsqdHU-61.
Esse vetor está qualificado para operar no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, nas fragatas classe Niterói, no Navio Doca Multipropósito Bahia e nos Navios de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia e Mattoso Maia.
Aeronaves UH-12 operando a partir do NAM Atlântico. Foto: Roberto Caiafa
UH-17/H-135 (Helibras/Airbus Helicopters)
Diante da necessidade de renovação da frota, a Marinha do Brasil assinou, em fevereiro de 2019, o contrato de compra de três aeronaves modelo H-135.
No dia 28 de fevereiro de 2020, foi realizada a cerimônia de transferência da primeira aeronave UH-17 para o Setor Operativo da Marinha do Brasil, com o objetivo principal de substituir as aeronaves modelos UH-13 (AS355-Esquilo biturbina) nas operações aéreas embarcadas nos navios que apoiam o Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
Um UH-17 operando como escolta aérea de um UH15A em Formosa. Foto: Roberto Caiafa
O UH-17 veio trazer novas capacidades operacionais ao 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, em face da sua cabine ampla e de fácil acesso, do maior peso máximo de decolagem, da maior capacidade de carga do gancho, e de novos e mais confiáveis equipamentos aviônicos compatíveis com Óculos de Visão Noturna (OVN).
O helicóptero UH-17 tem como principal função contribuir para a realização das ações aeronavais no Programa Antártico Brasileiro (Proantar) auxiliando no transporte de material para o abastecimento da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e no lançamento de acampamentos em apoio aos projetos de pesquisa.
Ressalta-se que as aeronaves UH-17 troxeram uma mudança na mentalidade de manutenção de aeronaves do 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral, já que sua aquisição também foi contemplada com um Contrato de Suporte Logístico (CSL) com as empresas Helibras (fabricante da aeronave) e Safran (fabricante dos motores), fundamental para a manutenção de no mínimo 80% de disponibilidade para frota das aeronaves UH-17.
Um UH-17 voando com um UH-15A prestes a lançar mergulhadores de combate. Foto: Roberto Caiafa
As aeronaves são dotadas de equipamentos de suporte a vida, na configuração de UTI móvel. Esta configuração é única nas aeronaves da Marinha do Brasil, o que trará mais uma capacidade para a Aviação Naval.
Em 17 de dezembro de 2022, a Helibras entregou oficialmente para a Marinha do Brasil (MB) o terceiro helicóptero H135 (EC135), designado militarmente como UH-17. Ele é o último de um lote de três unidades adquiridas pelo Comando da Marinha em um contrato assinado em fevereiro de 2019, e destinados para substituir os AS355 Esquilos Biturbinas (UH-13) em operações aéreas embarcadas no Programa Antártico Brasileiro (Proantar).
O helicóptero matrícula N-7092, foi recebido pelo Comando da Aviação Naval da Marinha, na Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia (Baenspa), no Rio de Janeiro, sede do 1º Esquadrão de Helicópteros de Emprego Geral (EsqdHU-1).
Helibras/Airbus Helicopters UH-17. Foto: Roberto Caiafa
Com a chegada do N-7092 a frota UH-17 do EsqHU-1 Esquadrão Águia agora está completa, com o N-7090 recebido em fevereiro de 2020 e o N-7091 em julho de 2020.
Montado na unidade da Helibras de Itajubá (MG), empresa do Grupo Airbus, o EC135 (H135) é reconhecido por sua alta resistência e versatilidade, sendo equipado com dois motores Safran Arrius 2B2PLUS, capacidade de voo por instrumento (IFR), gancho flutuador, guincho externo, radar meteorológico, capacidade para oito lugares.
Esse vetor está qualificado para operar no Navio-Aeródromo Multipropósito Atlântico, nas fragatas classe Niterói, no Navio Doca Multipropósito Bahia e nos Navios de Desembarque de Carros de Combate Almirante Saboia e Mattoso Maia.
UH-17 embarcado, pronto para aopiar o PROANTAR. Foto: Marinha do Brasil