O ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, e o comandante do Exército, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, durante visita ao Comando de Artilharia, localizado em Formosa, no dia 12 de junho, testemunharam a avançada tecnologia e alta capacidade de resposta com poder de fogo decisivo do o Programa Estratégico Astros. A delegação conheceu a modernização da Força terrestre com a evolução do Sistema de Mísseis e Foguetes, dentro do Programa Astros.
O comandante da Artilharia do EB, general Paixão, explica o funcionamento da submunição Astros ao ministro da Defesa. Foto: EB
Além disso, o Comandante de Artilharia do Exército, General de Brigada Moisés da Paixão Junior, explicou como o Exército, por meio da artilharia, conta com elevada operacionalidade e aperfeiçoamento constante das tropas e seus sistemas, aprimorando sua efetividade em combate.
Para o Ministro José Múcio, que visitou pela primeira vez o Forte Santa Bárbara, a Força terrestre desempenha um papel fundamental na defesa e segurança do País. Eu declaro que “foi impressionante ver todo o avanço tecnológico do Programa e sua magnitude para o desenvolvimento do País. Nos enche de orgulho ver um Exército Brasileiro que oferece segurança à nação”.
O Programa ASTROS tem a capacidade de neutralizar ameaças em território nacional e fortalece a indústria de defesa nacional, impulsionando o desenvolvimento tecnológico e a produção de equipamentos militares avançados. O comandante explicou que “é um eixo de modernidade dentro do Exército. É dissuasor e incentiva a ciência, tecnologia, pesquisa e inovação no Brasil”.
Os visitantes também acompanharam o tiro real do Sistema Astros, a sua atuação, a mobilidade estratégica e a flexibilidade de seu emprego.
O ministro Múcio assistiu a uma demonstração de tiro real ASTROS. Foto: EB
Recursos do programa Astros
O Programa Estratégico Astros possui meios capazes de prestar apoio de fogo de longo alcance com elevada precisão e mobilidade (atinge alvos ente 10 e 300 km). Seu objetivo é equipar a Força Terrestre com um sistema de mísseis e foguetes de alta tecnologia.
Possui um lançador de foguetes múltiplos capaz de disparar mísseis e foguetes de diferentes calibres, com alcance de até 300 km e está equipado com sistemas de comunicação, controle e monitoramento. O programa foi criado pelo Exército Brasileiro na década de 1980 e, desde então, vem evoluindo constantemente, incorporando tecnologias avançadas.
O ministro da Defesa ladeado pelos comandantes da Artilharia, general Paixão, e do Exército Brasileiro, general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva. Foto: EB
Recuperação judicial
A nota divulgada pelo Ministério da Defesa sobre a visita do ministro Múcio a Formosa não faz qualquer menção sobre a situação extremamente delicada por que passa a Avibrás Aeroespacial e Defesa, que encontra-se em recuperação judicial e precisa urgentemente de uma solução financeira para voltar a produzir. Tudo o que o ministro viu e elogiou no Forte Santa Bárbara existe não só devido ao trabalho dos militares da Força Terrestre, mas principalmente devido ao pioneirismo da empresa brasilera no setor de Defesa.
Uma das unidades de produção da Avibras, dedicada aos veículos Astros, e o foguete SS-150 com 150 km de alcance. Foto: Avibras
O mesmo texto não cita a importância da Avibras para o Programa Espacial Brasileiro, que ficaria inviabilizado sem as capacidades da empresa em termos de propulsores, propelentes, vasos de pressão e sistemas de navegação inercial, dentre outras.
O mesmo se aplica aos programas de mísseis brasileiros avançados como o Mansup (Marinha do Brasil), o já citado AV-MTC (Exército Brasileiro) e o Micla-BR (Força Aérea Brasileira), projetos estratégicos extremamente dependentes dos insumos, tecnologias e capacidades que somente a Avibras Aeroespacial e Defesa domina no País.
A reportagem de Infodefensa na Avibras, em janeiro deste ano, conhecendo os rigs de integração do AV-MTC: alta tecnologia e liderança militar no continente. Foto: Avibras