O comandante do Comando Sul dos Estados Unidos (SOUTHCOM), almirante da Marinha Alvin Holsey, está no Brasil cumprindo uma agenda de três dias que inclui encontros estratégicos com líderes em Brasília.
Esta é a primeira visita do almirante Holsey ao Brasil desde que assumiu o SOUTHCOM, em novembro de 2024.
A viagem representa uma oportunidade para aprofundar a cooperação em segurança com um dos parceiros de longa data dos Estados Unidos no Hemisfério Ocidental.
A agenda incluiu uma reunião com o ministro da Defesa, José Múcio, nesta terça feira, além de encontros posteriores com os comandantes das Forças Armadas. O primeiro deles foi o almirante Olsen, comandante da Marinha do Brasil.
Com uma parceria militar que remonta à Primeira Guerra Mundial, os laços de defesa entre o Brasil e os EUA seguem fortes, como demonstrado em 2024 durante a visita do porta-aviões CVN-73 USS George Washington ao Rio de Janeiro.
Segundo o texto publicado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, "A atuação contínua do Brasil como líder na promoção da cooperação regional em segurança, colaboração em defesa e parcerias multinacionais evidencia o compromisso compartilhado entre as duas maiores democracias e Forças Armadas do Hemisfério Ocidental, que atuam lado a lado em prol de um futuro seguro, pacífico e próspero."
A presença do almirante Holsey no Brasil logo após um extensa visita oficial do Governo Brasileiro a China é um claro indicativo da disputa travada nos bastidores entre as duas superpotências para ampliarem sua ascendência política e econômica no continente sul americano.
Na atualidade, a China parece estar a frente dos norte-americanos, com fortes investimentos em setores como infraestruturas críticas, agronegócio, energia, mineração e pesquisa científica, dentre outros.
Por outro lado, a atual administração norte-americana tem dado sinais de que a parceria líder no continente seria com a Argentina de Milei, e não com o Brasil de Lula.