(Infodefensa.com) Brasília O ministro da Defesa, Celso Amorim, defendeu no Senado a necessidade de que o Brasil desenvolva softwares e outras ferramentas nacionais para proteção das redes de computadores de seus órgãos de Estado. O desafio principal que temos é o de desenvolver ferramentas nacionais com brasileiros para nos defender, afirmou.
Na companhia do ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general José Elito de Carvalho Siqueira, Amorim participou de audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da casa legislativa. O convite teve como motivação as denúncias de espionagem de comunicações de cidadãos, empresas e órgãos públicos por agências de inteligência dos Estados Unidos. Durante a reunião, o ministro Amorim admitiu haver fragilidade nos mecanismos de defesa das redes cibernéticas do País. Porém, acho que, como em toda situação, o primeiro passo para se resolver o problema é diagnosticá-lo, afirmou. E acho que estamos diagnosticando corretamente que existe uma vulnerabilidade em termos de defesa cibernética. O ministro da Defesa frisou, entretanto, que a fragilidade dos meios de segurança das redes de computador não é uma peculiaridade do Brasil, como pôde ser observado em declarações recentes de líderes mundiais europeus e sul-americanos a respeito das denúncias espionagem. A Alemanha e a França, países que dispõem de sistemas muito sofisticados, a julgar pela declaração dos seus próprios líderes, também foram tomados de surpresa pela escala e pela amplitude dessas ações, ressaltou. Amorim lembrou que até mesmo o ex-secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, admitiu que seu país estava sujeito a ter um Pearl Harbor cibernético. Se o secretário de Defesa dos EUA diz isso é porque é algo complexo de se conseguir resolver de um dia para outro, disse, acrescentando que ele próprio mantém cuidados especiais com suas comunicações eletrônicas.