O porta-aviões George Washington lidera as operações da exercício Unitas no Brasil
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O porta-aviões George Washington lidera as operações da exercício Unitas no Brasil

CVN 73 USNAVY
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Infodefensa acompanhou de perto um dia nas operações aéreas e treinamento conjunto do Exercício Multinacional UNITAS 2015, onde Marinhas sul-americanas, entre elas o Brasil, operam junto a TASK FORCE 40, capitaneada pelo porta-aviões nuclear CVN-73 George Washington, da Marinha dos Estados Unidos (US Navy).

Na fase do exercício em curso no litoral brasileiro, os navios estão sendo alvos de constantes ataques aéreos efetuados por caças bombardeiros Embraer A-1 AMX escoltados pelos caças Northrop F-5EM Tiger II e orientados pelos vetores radar aerotransportados AEW&C Embraer R-99 do Esquadrão Guardião, todos utilizados pela Força Aérea Brasileira. A ação de combate se desenvolve no litoral do Rio Grande do Sul há cerca de oito dias.

Contra eles são lançados em ação a Ala Aérea Embarcada do George Washington formada por caças F-18E/F Super Hornet, jatos F-18G Growler (guerra eletrônica) e aeronaves radar aerotransportados E-2C Hawkeye.

Nos combates ar-ar, a escolta feita pelos F-5EM/FM deve evitar a interceptação dos A-1 AMX por parte dos Super Hornet. A batalha começa a distância, com disparos de mísseis BVR (além do alcance visual), e a seguir, ao se aproximarem uns dos outros, os caças entram em renhidos combates visuais com uso de mísseis de curto alcance integrados a capacetes designadores de alvos, e canhões de fogo rápido.

Os A-1, se passarem por essa barreira, ainda poderão ser derrubados pelas defesas de ponto do navio, integrada por canhões de alta cadência de fogo (CIWS) e mísseis superfície-ar.

Cenas reais desses combates aéreos podem ser vistas em vídeo produzido pela Força Aérea Brasileira usando câmeras GO Pro instaladas no cockpit dos F-5EM/FM do esquadrão Pampa, baseado em Canos (RS).

A Missão CVN-73

A reportagem de Infodefensa decolou da Base Aérea do Galeão na manhã do dia 18 de novembro, pousando no CVN-73 antes do meio dia. O bimotor turboélice C-2A Greyhound tocou o convoo e pegou o cabo de parada nº 3 com seu gancho, demonstrando a dramática experiência das operações de pouso a bordo.

A comitiva de autoridades foi recebida pelo comandante do navio, o capitão Timothy C. Kuehhas, que discorreu brevemente sobre as características do seu comando. O CVN-73 é movido por um reator nuclear, abriga cinco mil tripulantes, pode percorrer 500 milhas náuticas por dia navegado (30 nós), uma verdadeira “cidade flutuante” com instalações completas para 70 aeronaves, pessoal da ala aérea embarcada, tripulantes do navio e até 500 tropas (Fuzileiros). A seguir, a LCDR Lara Bollinger, relações públicas do CVN-73, guiou o grupo por um giro no Super Carrier.

O tour pelo navio começou com a visita ao convoo, onde puderam ser observadas as atividades de lançamentos de aeronaves Super Hornet pela catapulta de vante e o recolhimento de helicópteros Seahawk.

Do convoo a comitiva passou para o Centro de Operações Aéreas e a sala do “Handler Boss”, responsável por planejar e coordenar toda e qualquer movimentação, posicionamento e horários de todas as manobras com aeronaves e pessoal, e seus equipamentos, no convoo no navio, uma tarefa complexa com grande demanda por segurança nos procedimentos.

A seguir, uma passagem pela ponte de comando do USS George Washington, equipada com o que há de mais moderno em tecnologias navais, e um retorno ao convoo, logo após, para acompanhar bem de perto as operações de pouso enganchado dos caças Boeing F-18E/F Super Hornet lançados antes da chegada da imprensa.

O tour pelas instalações foi concluído com uma visita ao hangar de aeronaves no deck inferior. Ali foi possível verificar o enorme esforço logístico para manter funcionando todos os sistemas de armas do navio, incluindo aí sua ala aérea embarcada.

A seguir, na Praça Dármas do navio, Infodefensa.com teve a oportunidade de conversar com o capitão Max G. McGoy, comandante da Ala Aérea 2 (que reúne todas as aeronaves embarcadas no CVN-73), que discorreu brevemente sobre os combates aéreos, e com a contra-almirante Lisa Franchetti, comandante do Carrier Strike Group Nine, responsável pela frota norte-americana operando na Unitas 2015.

A escolta do USS George Washington, formada por um cruzador Classe Ticonderoga, dois destroyers Classe Arleigh Burke e um Submarino Nuclear de Ataque SSN Classe Seawolf, sob o comando do capitão Paul H. Hogue Jr formou o Esquadrão de Contratorpedeiros 23.

Encerrando a estada no CVN-73, Infodefensa.com embarcou novamente no C-2A Greyhound do VRC-30 “Providers”, sendo catapultada para fora do navio ao final da tarde. Após duas horas de voo, a dupla de aeronaves de transporte pousou em segurançana Base Aérea do Galeão.

Imagens: Roberto Caiafa

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