Brasil desenvolve blindagem para seus 'Super Tucano'
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Brasil desenvolve blindagem para seus 'Super Tucano'

A 29 AAF by USAF
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A-29 Super TucanoOs turboélices de treinamento e ataque leve Embraer EMB-314 Super Tucano, desde a sua entrada em serviço com a Força Aérea Brasileira (launch customer), adquiriram marcas expressivas em número de novos países operadores (exportações) e quantidade de missões reais completadas com sucesso (combat proven).

Sua aceitação no mercado norte-americano, onde precisou vencer por duas vezes uma aeronave nativa claramente inferior (concorrência LAS), é hoje algo inquestionável.

Exemplares desse avião executam na atualidade missões COIN (contra-insurgência) combatendo os terroristas das milícias Talebãs pilotados por militares afegãos treinados pela Força Aérea Norte-Americana (USAF).

Fabricados em Jacksonville (Flórida, USA), esses Super Tucano operam no perigoso e exigente ambiente afegão armados com metralhadoras, bombas e foguetes, voando protegidos por painéis de blindagem instalados em volta da "canoa" onde estão os dois tripulantes.

Essas modificações, implementadas na montagem final operada em parceria com a Sierra Nevada nos Estados Unidos, aumentaram significativamente a persistência em combate e taxa de sobrevivência da aeronave, que de resto, é bastante apreciada por seus operadores ao redor do mundo.

E a Força Aérea Brasileira?

Atenta as necessidades operacionais dos clientes do EMB-314 Super Tucano, a Força Aérea Brasileira identificou a necessidade de projetar e instalar em sua frota um kit de proteção para a tripulação, para ser utilizado apenas em situações de hostilidades.

O programa de pesquisa tecnológica resultante, desenvolvido na cidade de São José dos Campos pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) deu origem a um kit de blindagem cerâmico destinado a ser empregado nos aviões distribuídos aos "Terceiros", como são informalmente conhecidos os esquadrões de A-29 Super Tucano baseados na região de fronteira norte-centro oeste, nas cidades de Campo Grande, Boa Vista e Porto Velho.

Esse novo produto foi desenvolvido com base nas pesquisas com materiais cerâmicos avançados feitos pelo IAE, resultando em um novo tipo de proteção balística extremamente resistente e leve.

A informação, revelada pelo diretor do IAE, brigadeiro-engenheiro Augusto Luiz de Castro Otero, durante palestra na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), comprova o avanço nas pesquisas daquela instituição, que faz parte do complexo do Centro Tecnológico Aeroespacial (CTA), berço de muitas das avançadas tecnologias de domínio do Estado Brasileiro.

A conformação das placas cerâmicas no formato da fuselagem dos aviões foi obtida através de outro avançado processo desenvolvido no IAE, o emprego de ferramentas de corte cerâmicas que dispensam usinagem e refrigeração e proporcionam melhor acabamento final.

Atualmente, um exemplar do Super Tucano encontra-se a disposição do IAE para a realização dos testes e provas em solo, até a conformação final da blindagem e sua liberação para testes em voo. Não foi divulgado ainda quanto peso será acrescentado ao Super Tucano, e dados sobre resistência balística e industrialização da tecnologia ainda são reservados.

Acredita-se que essa blindagem venha a fazer parte de um pacote de implementos destinados a atualizar a frota brasileira de Super Tucano (mid-life upgrade), um programa que deverá ficar, quase com certeza, sob a responsabilidade da Embraer Defesa & Segurança.

Imagens: Roberto Caiafa / EDS Sierra Nevada / USAF



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