Operação Sagitta Primus III dispara mísseis terra-ar no Planalto
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Operação Sagitta Primus III dispara mísseis terra-ar no Planalto

Disparo de MANPADS RBS 70 del 2º Bia AAAe. Foto: Ejército Brasileño
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Entre os dias 3 e 7 de agosto, foi realizado no Campo de Instrução de Formosa, interior de Goiás, a Operação Sagitta Primus III, o maior exercício de adestramento da Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro, sob a coordenação da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe).

Participaram da operação todos os grupos de Artilharia Antiaérea, o Batalhão de Manutenção e Suprimento de Artilharia Antiaérea e sete baterias de Artilharia Antiaérea orgânicas de Brigadas de Infantaria e Cavalaria, como por exemplo, a 2ª Bateria de Artilharia Antiaérea - 2ª Bia AAAe).

O exercício desenrolou-se em cinco etapas, começando com a preparação para viagem até Formosa, concentração estratégica de todas as unidades no campo de instrução, a realização da escola de fogo de instrução, demonstração de tiro real e finalmente a desmobilização e retorno das tropas as suas sedes.

O objetivo da atividade foi adestrar as organizações militares no emprego do armamento antiaéreo e atualizar suas capacidades em todas as etapas do processo de emprego de uma defesa antiaérea.

Os tiros reais foram executados com os armamentos canhão 40mm C70 BOFORS, blindado GEPARD canhão 35 mm, míssil portátil IGLA-S e míssil telecomandando RBS 70.

Foi utilizado, ainda, um sistema de controle e alerta composto pelo radar aerotransportável SABER M-60, capaz de localizar aviões, helicópteros e aeronaves remotamente pilotadas com um alcance de até 60 km, e pelo Centro de Operações de Artilharia Antiaérea, que tem a finalidade de controlar eletronicamente uma defesa antiaérea montado em container especializado instalado sobre viatura Agrale Marruá.

Somente a baixa altura

O Exército Brasileiro desenvolve um Programa Estratégico de Defesa Antiaérea de Média Altura, algo que o País nunca possuiu. A falta dessa capacidade estratégica sempre foi considerada uma grave deficiência em suas defesas.

Sua antiaérea atual consegue criar, quando muito, um “domo” defensivo de 60 km restrito aos poucos radares SABER M60 em serviço, utilizados em parceria com mísseis de curto alcance IGLA-S e RBS-70, classificados como MANPADS e capazes de realizar apenas defesa de ponto/reativa em curto alcance.

Essas baterias não possuem sistema de comunicações integrado com datalink e IFF (identificação amigo ou inimigo) e também não possuem capacidade de conexão satelital nas bandas militares disponíveis para compartilhamento de dados, atuando em modo NCW.

O PEE Defesa Antiaérea busca adquirir um sistema estrangeiro de médio porte/capacidade, capaz de receber posteriormente módulos de sensores desenvolvidos localmente como o radar M200, do tipo AESA e capaz de rastrear/identificar alvos e fornecer solução de tiro para mísseis guiados capazes de atuar contra alvos a distâncias de até 120 km.

O RFI emitido pelo Exército Brasileiro no mercado internacional recebeu resposta das israelenses Rafael (ver entrevista com Sacha) e IAI, as duas empresas disputando mercado oferecendo respectivamente os mísseis Python V e I-Derby (Rafael) e Barak 8 (IAI) com a proposta da Dihel Defense e seus modernos mísseis Iris-T de 5ª geração.

Tida como prioritária pelo Exército Brasileiro nos seus planos de reequipamento, a compra desse sistema de defesa terra-ar deverá ter o seu cronograma postergado enquanto existir um cenário de pandemia do COVID-19, sendo incerto quando deverá ser iniciado efetivamente.

Os trabalhos de desenvolvimento do radar M200 pela BRADAR e EDS continuam, assim como outras empresas de Defesa também continuam apoiando o programa, caso da Avibras Aeroespacial e SIATT.

Imagens: 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (1ª Bda AAAe)



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