O Governo brasileiro empregará três UAVs para monitoramento contínuo da tríplice fronteira do Sul
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O Governo brasileiro empregará três UAVs para monitoramento contínuo da tríplice fronteira do Sul

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(Infodefensa.com) R. Caiafa, Belo Horizonte (Brasil) - Três veículos aéreos não tripulados (Vants) serão empregados pelo governo federal para o monitoramento ininterrupto da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina. O anúncio foi feito em São Miguel do Iguaçu, a 30 quilômetros da cidade fronteiriça de Foz do Iguaçu (PR), pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no início oficial das operações do primeiro avião espião, cuja missão será monitorar a região 24 horas por dia.

As aeronaves israelenses, promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff para combater o tráfico na fronteira, vêm sendo testadas na fronteira desde 2009 e custam o equivalente a US$ 40 milhões cada uma.

Elas são controladas, à distância, pelo piloto de uma base em solo. De acordo com o delegado Alessandro Moretti, do Centro Integrado de Inteligência Policial e Análise Estratégica (Cintepol), os custos incluem o avião, a base operacional, peças de reposição, a capacitação dos agentes e os direitos de transferência da tecnologia. Pioneiro no uso deste tipo de aeronave não tripulada em ações de segurança pública, o Brasil prevê a compra de 14 aviões espiões, conforme O Globo publicação.

Em outros países, os VANT são empregados em operações exclusivamente militares. Com autonomia de 37 horas de voo ininterruptas, abrangendo um raio de até 1,5 mil quilômetros e podendo chegar a dez mil metros de altura, auxiliará a Polícia Federal Brasileira e demais órgãos de fiscalização no combate de crimes transnacionais, como tráfico de drogas e de armas, contrabando e crimes ambientais.

As imagens registradas pelo VANT e informações geradas pelos centros de inteligência brasileiros poderão ser compartilhadas com órgãos de segurança dos países vizinhos para as ações integradas no combate à criminalidade. O aparelhamento das forças de segurança para a produção de provas qualificadas contra o crime também faz parte do plano de ação do Cintepol.

O recente anúncio de novos desenvolvimentos da EMBRAER Defesa & Segurança no ramo de UAV/VANT chamou a atenção pelo fato de que a oferta deste tipo de veículo aéreo não tripulado para forças de segurança pública vem se tornando algo comum no Brasil. Este autor vem acompanhando a introdução de VANT/UAV/ARP no Brasil nos últimos 10 anos pelo menos.

Em que se considere a parte das tecnologias, totalmente funcionais e seguras, usando de bastante automatismo de sistemas, a questão da legislação de vôo e o emprego de veículos aéreos remotamente pilotados em áreas urbanas, rurais, em ambiente marinho, etc, ainda são assuntos que irão necessitar de muitas rodadas de discussões e ajustes por parte das autoridades brasileiras. O fato é que o modelo de legislação que vem sendo construído no Brasil deverá balizar o caminho a ser seguido pelo resto do continente sulamericano.

Caracará III

No desenvolvimento de novos conceitos, o Brasil anuncia o lançamento de UAV/VANT específicos para emprego pela indústria do óleo e gás em ambiente naval. O projeto denominado Caracará III, da empresa carioca Santos Lab, é voltado para o atendimento das necessidades de controle e vigilância de grandes áreas dos campos petrolíferos brasileiros.

Apresentando características que possibilitam seu transporte e uso por embarcações de pequeno porte, o Carcará III será oferecido, prioritariamente, à indústria de petróleo para uso em monitoramento de campos de exploração e produção, detecção e monitoramento de manchas de óleo no mar e, graças a um sensor de infra-vermelho, monitorar as chaminés das plataformas de produção à noite. O veículo tem três horas e meia de autonomia de voo, pesa oito quilos e tem raio de ação de 45 quilômetros a partir do ponto de decolagem.

Há alguns anos os veículos aéreos não tripulados vêm sendo testados por órgãos de segurança de vários estados para uso no combate à criminalidade em locais de difícil acesso, como as favelas do Rio de Janeiro ou no controle de pontos turísticos como as praias do litoral paraense, no norte do país. Apesar do sucesso dos testes já feitos, a maior dificuldade para a compra dos VANT por esses órgãos de segurança é a falta de uma legislação específica que regulamente o voo desses veículos.

No primeiro semestre, a empresa Santos Lab assinou um acordo de parceria com a Embraer Defesa e Segurança, braço da fabricante de aviões que atua na área de radares, integração de sistemas, VANT e outros equipamentos, com o objetivo de desenvolver um conjunto de VANT com peso máximo de 25 quilos. Para veículos aéreos não tripulados de peso superior a esta marca, a israelense Elbit Systems, a maior empresa privada da área de segurança daquele país e uma das mais ativas no mercado de VANT/UAV é a responsável pelos desenvolvimentos em conjunto com os parceiros brasileiros.



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