O F-39 Gripen faz seu primeiro vôo nos céus do Brasil
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O F-39 Gripen faz seu primeiro vôo nos céus do Brasil

O FAB 4100 decola de Navegantes rumo a fábrica da Embraer em Gavião Peixoto.
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Após uma intensa preparação para o voo, realizada no aeroporto de Navegantes (Estado de Santa Catarina), o caça multimissão F.39 Gripen E FAB 4100, desenvolvido em uma parceria entre Brasil e Suécia, decolou, nesta quinta-feira (24) para Gavião Peixoto (SP), acompanhado por duas aeronaves F-5M pertencentes ao Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa.

Dois helicópteros da FAB, um H-36 Caracal e um H-60L Black Hawk, foram mantidos de sobreaviso de Busca e Salvamento em Pirassununga (SP) e Florianópolis, respectivamente, para qualquer eventualidade.

O caça F-39E Gripen que chegou ao Brasil no último fim de semana é uma unidade de testes equipada com instrumentos para a continuidade da campanha de ensaios, que teve início em agosto de 2019, na Suécia.

O pouso na planta da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), ocorreu às 15h07.

A aeronave ficará alocada no Centro de Ensaios em Voo do Gripen (GFTC, do inglês Gripen Flight Test Center), uma estrutura construída para a transferência de tecnologia, suporte e atualizações no ciclo de vida da plataforma na FAB.

O objetivo é que o GFTC possa apoiar, nas áreas de engenharia, trabalhos de ensaios e testes, integração e modernizações, além de atuar no desenvolvimento de softwares de evoluções do projeto.

O F-39 Gripen, nos modelos E (monoposto) e F (biposto) será a mais moderna e avançada plataforma multimissão atuando na defesa do espaço aéreo brasileiro.

O avião será apresentado à sociedade em Brasília (DF), no dia 23 de outubro, data em que é comemorado o Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira.

Neste dia, em 1906, Alberto Santos-Dumont realizou o primeiro voo com o 14-Bis, no Campo de Bagatelle, em Paris.

O Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, destacou a importância do compartilhamento de experiências por meio da cooperação entre Brasil e Suécia. “O Gripen aumenta a capacidade operacional da Força Aérea Brasileira e impulsiona uma parceria que fomenta a pesquisa e o desenvolvimento industrial dos dois países”, declarou o Ministro.

Para o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, a chegada da primeira unidade da aeronave F-39E Gripen é um grande marco para o projeto. "É uma imensa satisfação ver esta aeronave voando em território nacional. O novo multimissão da FAB será a espinha dorsal da Aviação de Caça e veio para reafirmar o nosso compromisso em manter a soberania do País, defendendo os 22 milhões de quilômetros quadrados sob sua responsabilidade", ressalta Bermudez, que assinou a autorização para o primeiro voo do F-39E Gripen em espaço aéreo brasileiro.

Gripen

O Gripen é conhecido pela sua eficiência, baixo custo de operação, elevada disponibilidade e avançada capacidade tecnológica.

Em diversas Forças Aéreas no mundo é o vetor responsável pela soberania e proteção da nação, realizando missões variadas, como as de policiamento do espaço aéreo em regiões críticas.

O emprego dessa aeronave trará um importante salto qualitativo e tecnológico ao Brasil, com alguns dos recursos embarcados até então inéditos para a FAB.

Ainda nesse contexto, o novo multimissão será empregado nas atividades de desenvolvimento conjunto que serão realizadas no parque industrial brasileiro, por cooperação entre a Saab e as empresas nacionais selecionadas como beneficiárias no programa de transferência de tecnologia (offset).

A indústria de defesa nacional está envolvida no processo de desenvolvimento de estruturas, sistemas e aviônicos, na produção, ensaios em voo e capacitação para apoiar, manter e modernizar essa frota pelas próximas décadas.

As atividades conjuntas iniciaram em 2014 com a assinatura do contrato para o desenvolvimento e produção das aeronaves Gripen E/F para a FAB, incluindo sistemas embarcados, suporte e equipamentos.

As plataformas são desenvolvidas e produzidas com a participação de técnicos e engenheiros brasileiros. Essa integração faz parte da transferência tecnológica e visa a proporcionar o conhecimento necessário para a continuidade das atividades no Brasil.

Imagens: Força Aérea Brasileira/SAAB do Brasil



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