Marinha do Brasil lança míssil AM39 Exocet de um helicóptero AH-15B
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Marinha do Brasil lança míssil AM39 Exocet de um helicóptero AH-15B

Lançamento de AM39 Exocet pelo AH-15B da Marinha do Brasil.
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No dia 24 de junho último, como grande encerramento da Operação Missilex 2021, a Marinha do Brasil, a Helibras/Airbus Helicopters e a MBDA alcançaram um marco histórico do programa H-XBR ASuW AH-15B, quando foi realizado com sucesso o primeiro lançamento do míssil AM39 B2M2 Exocet (versão ar-superfície) contra o casco da ex-corveta Jaceguaí, que serviu como navio-alvo.

Mais sofisticada e dispendiosa versão do Programa H-XBR desenvolvida pelo Centro de Engenharia da Helibras especialmente para a Marinha do Brasil, o AH-15B está equipado com uma suíte de sensores e tecnologias que superam em muitas vezes o próprio valor de aquisição do helicóptero padrão.

O AH-15B utiliza o Sistema Tático de Missão Naval (TDMS – Tactical Data Management System) desenvolvido e fabricado sob a liderança da Helibras em colaboração com a Atech e ADS, responsáveis pelo sistema tático de Missão Naval, que é o coração da integração do míssil Exocet com a aeronave e sensores, e conta também com a participação da Avibras, que realiza a motorização do míssil Exocet AM39 B2M2, fabricado pela MBDA.

O radar no ventre da aeronave é um APS-143(C)V3, o mesmo utilizado pelo SH-16 Seahawk, a torreta giro-estabilizada no “queixo” contém uma câmera IR e detector a laser para rastreamento de alvos, além de equipamento para gravação de vídeo e voz.

Para autodefesa, o AH-15B utiliza modernos sensores integrados IDAS – Integrated Defensive Aids Suite, composto por uma instalação RWR (Radar Warning Receiver), um sistema LWS (Laser Warning Systems) e equipamento MAWS (Missile Approach Warning Systems) com cobertura de 360°.

Essa suíte integrada provê a detecção de emissões radares e lançamentos de mísseis inimigos, aumentando a capacidade de sobrevivência da aeronave com emprego automatizado de lançadores Chaff/Flare.

A utilização do AIS (Automatic Identification System) permite ao AH-15B receber dados transmitidos automaticamente por navios mercantes, agilizando a compilação do quadro tático na área sobrevoada, reduzindo a carga de trabalho dos tripulantes e facilitando a identificação e correlação dos alvos.

Dotado de posto de pilotagem full glass cockpit, compatível com o uso de OVN (Óculos de Visão Noturna – NVG), o aparelho também recebe proteção balística (blindagem) reforçada e pode operar gancho (cargo hook) e guincho (hoist) duplo.

Esse recurso é utilizado mesmo com o míssil instalado do lado direito, permitindo, por exemplo, que o helicóptero realize uma manobra HIFR (Helicopter In-Flight Refueling), com os navios da Esquadra (se não for possível pousar), de forma que a aeronave permaneça “on-station” por mais tempo, armada e pronta para entrar em combate anti-superfície.

Missilex 2021

O míssil Exocet atingiu o casco da corveta Jaceguai na proa, causando extensas avarias. Também ocorreram impactos de mísseis Kongsberg Penguin MK.3 (lançados pelos SH-16 SeaHawk) e, finalmente, o que restou do alvo afundou nas águas do Atlântico.

Com o sucesso no disparo real de Exocet pelo AH-15B, a Marinha do Brasil passa a dominar o mais sofisticado, equipado e bem armado helicóptero naval anti-superfície de seu tipo em toda a América Latina, superando as combinações plataforma x míssil existentes no continente.

Imagens: Marinha do Brasil/Roberto Caiafa



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