Infantaria Para-Quedista do Brasil recebe seu primeiro veículo blindado Guarani 6x6

A Brigada de Infantaria Para-quedista do Exército Brasileiro, através do 1º Esquadrão de Cavalaria Para-quedista, unidade que distinguia-se dos seus pares por não possuir veículos blindados em sua dotação, corrigiu essa deficiência antiga com o recebimento da sua primeira viatura blindada de transporte de pessoal média sobre rodas 6x6 Guarani.

O "Esquadrão Centauro" agora dispõe dos meios necessários para cumprir missões típicas da Arma de Cavalaria em um perfil mais pesado, pois anteriormente a unidade não alinhava em sua dotação de material veículos blindados (apesar de previstos no quadro de dotação de material - QDM), apenas viaturas leves de reconhecimento 4x4 do tipo Agrale Marruá e Land Rover Defender, além de motocicletas off-road para reconhecimento ligeiro.

Esse material é lançado pelos KC390/C-130 Hércules no contexto de Operações Aeroterrestres, mas os blindados 6x6 Guarani do 1º Esquadrão de Cavalaria Paraquedista serão transportados pela Força Aérea para entrega na modalidade "pouso de assalto", quando as tropas paraquedistas precursoras capturam uma pista de pouso, por exemplo, e a seguir os jatos de transporte começam a operar entregando viaturas, sobressalentes e material de apoio nesse aeródromo.

Imágenes: Roberto Caiafa

A Força Aérea Brasileira não lança viaturas blindadas desse porte, peso e complexidade, apesar de o KC-390 poder fazê-lo, por que o Exército Brasileiro não emprega essa modalidade de lançamento de carga ultra pesada na Brigada de Infantaria Para-Quedista, até onse se saiba.

Os novos Guarani 6x6 atuarão no apoio as Seções de Mísseis Anticarro dos Pelotões de Cavalaria Pará-quedista que serão equipados com os novos mísseis anti-carro guiados Rafael Spike recentemente anunciados pelo EB. 

Foto: Brigada de Infantaria Para-Quedista

Isso vai aumentar consideravelmente o alcance de engajamento e poder de fogo dessa tropa, composto até o momento por morteiros de 60mm e 81mm, armas sem recuo Carl Gustaf e ALAC/AT-4, metralhadoras MAG 7,62 mm e fuzis Imbel IA2. 

Anteriormente, esses pelotões foram treinados em Exercícios como as Operações Saci, empregando o antigo míssil brasileiro MSS 1.2 AC de guiamento bean rider. 

Mock-ups funcionais dessas armas foram distribuídas a tropa para-quedista, e agora que a doutrina de emprego foi absorvida, esses pelotões entram na modernidade recebendo um míssil anticarro de alta portabilidade com seeker inteligente de capacidade auto-target e alcance entre 5km a 8km.