Ruben Lazo: "Nós pretendemos expandir nossas atividades no Equador, na Bolívia e na América Central"
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Ruben Lazo: "Nós pretendemos expandir nossas atividades no Equador, na Bolívia e na América Central"

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O vice-presidente da Thales para a América Latina, Ruben Lazo, falou a Infodefensa sobre a nova agenda do grupo, Conectividade & Meio Ambiente, e os programas no Brasil.

Qual é o objectivo de Thales com o Brasil?

Estamos dispostos a colaborar com as nossas competências, atuando em processos de transferência de tecnologias realmente efetivos, em áreas onde o Brasil precise agregar novos conhecimentos e capacidades. O plano de expansão da Thales inclui o Brasil como um país chave. Estamos fazendo hoje, no Brasil, o mesmo que pretendemos fazer na Polônia, onde a Thales obteve um contrato semelhante ao modelo brasileiro, mas atendendo os requisitos colocados pelo governo polonês. O Brasil domina algumas competências na área espacial que outros países do continente não possuem. De fato, muitos sequer possuem uma Agência Espacial instituída, estão engatinhando no processo, e entendemos que o Brasil pode ser a base para atender um mercado que apresenta forte demanda por essas tecnologias.

A sua empresa trabalha com o Brasil em projetos como SGDC, os prazos serão cumpridos?

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações é um contrato prioritário da Thales no Brasil, e se encaixa na nova estratégia da empresa, que versa sobre Conectividade & Meio Ambiente. Satélites são vitais para a conectividade global e importantes ferramentas de observação terrestre, ajudando a entender e prever as mudanças ambientais e climáticas. Durante a recente visita do ministro da Defesa, Jaques Wagner, a fábrica de satélites da Thales Alenia Space (TAS) em Cannes (França), onde estivemos juntamente com a Visiona, a comitiva ficou muito impressionada com as instalações e com o fato da construção do SGDC estar até adiantada com relação ao cronograma. Wagner teve a oportunidade de travar contato com os jovens engenheiros brasileiros que lá estão aprimorando sua formação, tudo dentro do contrato de transferência de tecnologia firmado.

É este venda fortaleceu as relações entre Thales eo Brasil?

Não se trata apenas de vender um satélite, fabricá-lo e entregá-lo ao cliente no espaço, a relação da Thales com o Brasil é algo muito maior. Entendemos que os diferentes níveis de conhecimento e profundidade na transferência de tecnologia, de acordo com os complexos requisitos de conteúdo local colocado pelos brasileiros, exigem do contratado um profundo conhecimento, competência e uma visão de longo prazo do negócio, baseada em parceria.

Space Center é o fruto dessa colaboração?

A recente inauguração do Centro de Tecnologia Espacial em São José dos Campos é apenas uma entre muitas ações envolvidas no programa SGDC que comprovam esse alinhamento e a inclusão progressiva do Brasil na supply chain (cadeia de suprimentos) da indústria satelital.

O que mais projetos estão em andamento?

Um fornecedor que formamos localmente pode atender encomendas de qualquer outro cliente, a ideia é criar um Centro de Competência Espacial baseado no País, com intenso investimento em recursos humanos, tanto da Thales como da Visiona e da Telebras, para posteriormente expandir essa operação para outros países da América Latina.

Quando você vai lançar SGDC?

A Thales vem trabalhando intensamente para que o lançamento ocorra em setembro de 2016, a partir do centro de lançamento de Kouru, na Guiana Francesa. Esse será um marco importante do programa, do qual acreditamos firmemente que o Governo Brasileiro deverá colocar novas encomendas de mais satélites da linhagem SGDC (comunicações de Estado), e posteriormente, de sistemas de observação terrestre, inicialmente com sensores ópticos, satélites de previsão climática e outras demandas previstas pelo Programa Espacial Brasileiro.

Thales está tentando vender uma nova versão do sistema AMASCOS para o Brasil. O que há de novo?

O AMASCOS agora é capaz de operar sobre o mar e também sobre terra, e certamente, considerando o cenário futuro da necessidade de incremento da vigilância e monitoramento de seu território e recursos naturais, o Brasil precisará investir em uma nova aeronave capaz de grande flexibilidade operacional em missões de esclarecimento e patrulha marítima, guerra de superfície e antisubmarino, vigilância de zonas econômicas exclusivas, inteligência de sinais, operações conjuntas interforças, busca e resgate e monitoramento do meio ambiente. O novo AMASCOS oferece uma realçada conectividade de sistemas e uma avançada interface de usuário, com comandos intuitivos ao alcance das mãos, menus pop-ups e múltiplas janelas de informações, gerenciáveis ao comando de um clique, sendo capaz de detectar, identificar e acompanhar, em suas estações de trabalho ergonômicas, distintos cenários sobre o mar ou sobre terra, mantendo uma superior consciência situacional do quadro tático em tempo real usando modernas tecnologias de conectividade para distribuir as informações captadas por seus sensores e processadas pelo sistema antes de serem distribuídas aos interessados. O AMASCOS também gerencia o armamento a bordo.

Já foi vendido a outros países?

A Marinha Turca selecionou o AMASCOS para emprego em seis aeronaves ATR 72-600 TMPA (Turkish Maritime Patrol Aircraft), onde integra e controla sensores eletro-ópticos, funções ESM (medidas eletrônicas de apoio), sensor de detecção de anomalia magnética (MAD), autodefesas inteligentes (chaff, flares, alertas de radar, mísseis e laser), retrolançadores de sonobóias e lançadores de torpedos. O AMASCOS também recebeu a integração do moderno radar AESA multifunção Thales Searchmaster, planejado para realizar a detecção e acompanhamento de alvos aéreos, marítimos e terrestres, incluindo modo GMTI quando atuando sobre terra (indicador de alvos no solo em movimento), modos de detecção ar-ar em baixa e grande altitude e para alvos rápidos ou lentos, geração de mapas do terreno sobrevoado, classificação e acompanhamento simultâneo de até 1.000 alvos, tudo com visibilidade direcional de 360º e peso instalado reduzido.

Foto: Roberto Caiafa



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