A brasileira Taurus contrata LPS para a certificação de seus produtos
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A brasileira Taurus contrata LPS para a certificação de seus produtos

Imagens Taurus Armas
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(Infodefensa.com)

Graças às novas regulamentações que entraram em vigor recentemente, a Taurus Armas anunciou a contratação da empresa L P S Company Ltda - um Organismo de Certificação de Produto (OCP) já acreditado no Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) - para realizar a homologação em seus próprios laboratórios, o que vai agilizar os processos de desenvolvimento e de lançamento de novos produtos no mercado, reduzindo drasticamente os prazos e aumentando a competitividade da empresa, especialmente frente aos produtos importados, que não possuem a mesma exigência para serem comercializados no Brasil.

Segundo explicou o CEO Global da Taurus, Salesio Nuhs, "Para viabilizar nosso projeto estratégico e ser competitivo, internacionalmente e aqui no Brasil, no que diz respeito a agilidade no processo de homologação de produtos desenvolvidos pela Taurus, já que isso é um dos alicerces do nosso crescimento, contratamos um Organismo  de Certificação de Produto - OCP para homologação em laboratórios da Taurus (considerados pela norma como de "Terceiros Interessados"), o que vai dar celeridade aos processos de desenvolvimento e lançamento de novos produtos".

Como o OCP contratado não tem um laboratório próprio, utilizará um de Terceira Parte Interessada, no caso um que está sendo montado dentro das instalações da Taurus, contando com funcionários específicos e não envolvidos com as atividades de desenvolvimento dos produtos, a fim de que haja total independência e lisura no processo de certificação.

Evidentemente, ainda há um tempo para o que o laboratório seja montado de acordo com as especificações necessárias e para que o novo sistema comece a fluir. Da mesma forma, a Taurus ainda tem diversos produtos já sob processo de certificação nos laboratórios do Exército, que poderão ser finalizados lá ou, se for o caso, receber certificação no novo laboratório que, se tudo correr como planejado, deverá estar operacional até o final deste mês.

Com isso, a empresa ganhará muito em agilidade e flexibilidade no desenvolvimento e no lançamento de produtos, equiparando-se às demais grandes empresas do setor com as quais concorre nos mercados nacional e internacional.

Ênfase em produtos para o mercado local

 

Embora vá beneficiar todos os produtos da empresa, o investimento têm ênfase especial naqueles direcionados para o mercado nacional, demonstrando a confiança da empresa em seu futuro no País, como afirmou Salesio Nuhs em recente entrevista: "Mesmo com as mudanças legislativas, acredito que nunca mais voltaremos a ser quem éramos antes, em termos de armas para legítima defesa. Os governos anteriores dificultaram a aquisição de armas sob termos discricionários, em contradição com a Lei 10.826/2003 estatuto do Desarmamento. Hoje, o que está na lei vai ser cumprido".

Até o início de 2021, todos os produtos controlados pelo Exército Brasileiro, que são fabricados no Brasil (armas letais e não-letais, munições, coletes, granadas, etc.), necessitavam de homologação dessa Força através de um Relatório Técnico Experimental – RETEx – antes de serem disponibilizados ao mercado de consumo.

Mesmo uma simples alteração estética, como a mudança do material ou da cor de um cabo de arma, já requer todo um novo processo de homologação.

Um ganho e tanto para a Taurus

 

Com a designação recebida da Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados (DFPC/EB), o OCP/OCD contratado está agora habilitado a desempenhar suas atividades, certificando produtos dentro do escopo requerido pela empresa: armas de fogo, acessórios e componentes/peças, entre outros. 

Na prática, isso significa que, a partir da entrada em operação do novo laboratório, a Taurus não necessitará mais submeter seus novos produtos, ou modificações em outros já existentes, à certificação nos laboratórios do Exército Brasileiro, podendo fazê-lo nos seu próprio por meio do OCP/OCD contratado, cabendo à Diretoria de Fiscalização de Produtos Controlados do Exército (DFPC) apenas a homologação final do processo após a aceitação dos certificados de conformidade emitidos pelo OCP/OCD. 

Com a liberação havida desde 2019, a Taurus já desenvolveu cerca de 300 novos modelos.

Somado com os produzidos pelas demais empresas do segmento de armas e munições, compreensivelmente esse número ultrapassou em muito a capacidade do órgão técnico do Exército, causando uma lentidão de meses ou até anos na homologação de produtos.Como muitos desses produtos concorrem no dinâmico mercado internacional, essa demora trazia grandes prejuízos às indústrias nacionais, que perdiam em oportunidade por não poderem vender no País produtos já comercializados ou com similares no mundo.

Até agora, para homologar um produto, se não tiver mais nada na fila, a Taurus alega demorar de 18 a 24 meses para obter a certificação junto aos órgãos competentes. Como a empresa tem hoje mais de 100 novos produtos na fila, pela média dos últimos tempos iria demorar muitos anos até homologar todos, o que significaria expressivas perdas em oportunidades de negócios.



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