Brasil domina radar secundário de tráfego aéreo RSM970S
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Brasil domina radar secundário de tráfego aéreo RSM970S

Thales omnisys autoridades
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A Thales inaugurou no último dia oito de dezembro, a Plataforma Industrial do Radar Secundário, na Omnisys, em São Bernardo do Campo (SP), onde será produzido o RSM970S, usado para controle de aproximação e para vigilância em rota.

O tipo é o mais vendido no mundo e conta com a mais moderna tecnologia em radares, dando aos controladores de tráfego aéreo total apoio em situações de picos nos movimentos de aeronaves.

O ToT inclui todos os conhecimentos, documentação, meios de integração e testes e meios de manutenção desses radares, e um completo e amplo serviço de pós-venda. Infodefensa visitou as modernas instalações onde esses radares e seus sistemas estão sendo produzidos, testados e homologados, a convite da Thales/Omnisys.

“Finalizar o processo de transferência de tecnologia para o Brasil é um marco muito importante. O País agora está apto a produzir, pela primeira vez o radar secundário, equipamento extremamente relevante para o controle do tráfego aéreo nacional.

Para viabilizar isso, contamos com o conhecimento tecnológico e o investimento em equipes multidisciplinares e especializadas de nossa estrutura local, reforçando desta maneira a importância estratégica do país para o Grupo Thales, alinhando-se com o nosso objetivo de dobrar de tamanho em cinco anos”, afirma Ruben Lazo, vice-presidente da Thales na América Latina.

Com a inauguração da Plataforma Industrial do Radar Secundário, a Thales também consolida seu Centro de Excelência em Radar, que fabricará todas as partes de alta-tecnologia e críticas dos radares primário e secundário. “O Centro possui conhecimento, os meios e os processos para a fabricação, integração e suporte técnico dos radares, onde são aplicadas as tecnologias de última geração. Com isso, o Brasil passa a fazer parte do seleto grupo de países fabricantes de radares de vigilância do espaço aéreo”, explica Luis Henriques, diretor da afiliada da Thales Omnisys.

O modelo RSM970S possui funcionalidades completas de Modo S, um meio de comunicação entre a aeronave e o radar que a classifica de modo único, impedindo que ela seja confundida com outros aviões em voo e aumentando a segurança do tráfego aéreo.

O sistema também permite que o operador de voo selecione o avião com o qual quer se comunicar, além de possibilitar o envio de informações mais detalhadas sobre a identificação de voo da aeronave. Com isso, cobre a interrogação seletiva, a vigilância básica aprimorada e o completo canal de dados, validados pela ICAO e Eurocontrol.

O aval das duas instituições faz desse radar um investimento seguro para os Sistemas de Controle de Navegação Aéreo.

Dualidade do Sistema Brasileiro

Em todo o território nacional, são 64 radares ou sítios empregando sensores da Thales/Omnisys.

Segundo Ruben Lazo “O compromisso da Thales com o Brasil fica evidente quando listamos as conquistas de 2015. Inauguramos o Centro de Tecnologias Espaciais em São José dos Campos, estamos firmes no programa KC-390 com a central inercial de navegação do modelo, nacionalizamos o sistema de integração de comunicações SOTAS, usado no blindado 6x6 Guarani, transportes de infantaria M113 e novos obuseiros M109 A5 BR (através da empresa capixaba Geocontrol), asseguramos para a Omnisys o domínio completo na produção de radares secundários, inclusive para exportação, e no final do mês de janeiro, nessas mesmas instalações, vamos inaugurar o Centro de Sonares do Brasil, voltado especificamente para atender o Programa de Submarinos (Prosub) e navios de superfície de combate. Também estamos confirmando para dezembro de 2016 o lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações, ou SGDC”.

Herve Darmmann, vice-presidente da Thales Air Systems, junto com sua equipe, foi o responsável pelo ToT do programa RSM970S “Recebemos os engenheiros e técnicos da Omnisys na França, onde os conhecimentos foram repassado e homologados. Com a capacitação desse grupo, a Omnisys está apta, de agora em diante, não só no que diz respeito à fabricação, integração, calibração e aceitação, como a operação e mantenimento desses radares, mais o desenvolvimento de novas soluções e atualizações para esses equipamentos, continuamente mantidos no estado da arte. A Omnisys reúne todo o quadro de competências necessárias para atender aos requerimentos de qualquer cliente da rede global Thales. Prova disso é que o contrato de radarização da Bolívia, anunciado recentemente, terá os seis radares secundários destinados ao país andino fabricados no Brasil".

E Darmmann complementa "O acordo total com Bolívia prevê o fornecimento de 13 radares, que formarão a espinha dorsal da infraestrutura de vigilância aérea do país, incluindo quatro radares de defesa aérea, um radar de vigilância primária Star2000, dois radares de aproximação Banda L e seis radares secundários RSM970. A Thales ainda integrará e gerenciará todo o sistema para as operações, assim como a comunicação destes novos equipamentos com os radares distribuídos em todo o país. Os radares estarão integrados a um novo complexo que vai abrigar a central de controle de tráfego aéreo. Com 2,5 mil metros quadrados, será construído nos próximos meses e possui previsão de término para 2017, quando passará a utilizar o novo sistema operacional. A central de controle de tráfego aéreo receberá o TopSky-ATC, o mais avançado sistema ATM do mundo, usado em avançadas operações de gestão de tráfego aéreo, e também contará com o sistema SkyView air C4I, que oferece um retrato integrado das operações da defesa aérea, ou seja a Bolívia repete a dualidade civil/militar do sistema brasileiro, que opera em paralelo de forma integrada. Dominar todo o processo de construção de radares secundários se reveste de grande importância, ajudando a garantir a segurança do espaço aéreo”.

Imagens: Roberto Caiafa



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